Madeira

Iniciativa Liberal aborda o apoio ao crédito à habitação na Madeira

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A Iniciativa Liberal Madeira, através de um comunicado enviado à redacção, aborda o apoio ao crédito à habitação na Madeira.

Sendo o processo de concessão de crédito imobiliário "uma normal operação de mercado para a qual concorrem, por norma, vários bancos", este é "extraordinariamente regulamentado, com um enorme nível de obrigatoriedade de informação por parte das instituições bancárias no que diz respeito às responsabilidades dos clientes e que obriga, naturalmente, a uma série de compromissos e garantias entre as partes", explica o partido.

Por assim ser, o partido refere que "nenhum dos intervenientes pode, com legitimidade, afirmar que desconhece os riscos que corre ao entrar num processo de aquisição de habitação recorrendo ao crédito imobiliário ou, ao contrário, nenhuma instituição bancária tem razão se afirmar que, por constrangimentos legais, não obteve a necessária informação/garantia dos clientes a quem emprestou dinheiro."

Numa sociedade adulta e civilizada, cada parte assume a sua responsabilidade e os riscos que corre. Aqui na Madeira não. Aqui, a responsabilidade por eventuais incumprimentos não é de quem contrai empréstimo, não é de quem empresta, não é de quem avalia, não é de quem segura, não é do legislador, mas sim do contribuinte. É ao contribuinte madeirense que cabe suportar (para já até um milhão de euros) as eventuais dificuldades que os devedores sintam em função das subidas das taxas de juro. Quem não tem contas certas, tem a conta aberta para receber “apoio do Governo”, que não é mais que dinheiro de quem cumpre e assume as suas responsabilidades.  Iniciativa Liberal Madeira.

O comunicado refere ainda que "os bancos têm margem para mitigar o impacto do aumento das taxas de juro, seja pela redução do spread ou pelo aumento/extensão dos prazos de vida dos empréstimos. Agora, se à primeira dificuldade o contribuinte/governo se chega à frente, a banca não estará certamente particularmente motivada para acudir aos que têm mais dificuldades. Depois, mesmo aceitando o princípio do apoio, colocam-se também questões que estão para além desta espuma dos anúncios: quem é apoiado? porquê? até que valor? Ou, a prazo, um incentivo perverso à desresponsabilização, dado que o senhor Governo vem meter a mão por baixo em caso de dificuldades de cumprimento."

A concluir, a Iniciativa Liberal diz que "é assim que vamos — alegremente no curtíssimo prazo e a lado nenhum no médio".