PSD ultrapassa PS pela primeira vez
Chega é terceiro e Livre está no radar da sondagem da Aximage para TSF, JN e DN
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PSD sobe nas ilhas e reúne mais intenções de voto do que o PS, embora haja empate técnico. Os inquiridos ainda acreditam numa vitória socialista, mas a hipótese de uma coligação de direita ganha força
Já depois dos debates e a fechar a primeira semana de campanha, na fotografia desta sondagem, o PSD surge, pela primeira vez, à frente do PS nas intenções de voto nas legislativas.
O trabalho de campo desta sondagem terminou no final da semana passada e os resultados permitem perceber uma inversão na tendência entre os dois maiores partidos: o PSD galga 6 pontos percentuais, recuperando o que tinha perdido no último mês, e ainda subindo para os 34,5%, enquanto o PS cai mais de 4pp, para os 33,8%.
Em terceiro, o Chega desce 1 ponto para 8%, mas consolida a terceira posição, porque o Bloco desce para 6,6%.
Enquanto a CDU permanece praticamente igual, com 4,5%, o PAN recupera mais de 1 ponto e regista agora 3,2% de intenções de voto.
A Iniciativa Liberal surge afectada pela subida do PSD, baixando para 2,8%, o CDS tem 1,6% e o Livre regista 1,4% e valores que rondam os 4% na Área Metropolitana do Porto e 0,7% na Área Metropolitana de Lisboa.
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Com estes resultados, o conjunto do PS, com a esquerda e o PAN, ainda vale mais do que a soma dos partidos do centro-direita.
Sem o Chega, as intenções de voto em PSD, IL e CDS representam menos de 40%, com o partido de Ventura passam para os 46,8%, ainda atrás do resultado dos partidos que compunham a Geringonça.
Por regiões, destaca-se a subida de quase 14 pontos percentuais do PSD no sul e ilhas e a vantagem de 6 pontos que os social-democratas têm a Norte. Já o PS segura a posição nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Rio ultrapassa Costa quase em 10 pontos junto do voto jovem e entre os mais velhos existe um empate. Se Costa mantém vantagem junto dos mais desfavorecidos, Rio consegue a classe média.
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Analisando as transferências de voto, em relação a 2019, o PSD (83%) consegue segurar mais do que o PS (75%) e enquanto 15% dos votantes no PS admitem votar no PSD, no sentido oposto, apenas 8% dos eleitores social-democratas ponderam escolher o PS.
O PSD ganha um quarto dos eleitores liberais e outro entre os centristas e ainda 15% dos apoiantes do Chega.
O BE consegue apenas segurar menos de metade dos que nele votaram em 2019, ao contrário da CDU.
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Apesar destas intenções de voto, quando são questionados sobre quem vai ganhar as eleições, ainda são 57% aqueles que indicam o PS, contra os 22% que referem o PSD. Mas entre os social-democratas são agora mais aqueles que acreditam numa vitória.
Com o andamento da campanha, cresce a convicção de que não vai existir uma maioria absoluta (76%), com valores elevados tanto no PS (74%), como no PSD (82%).
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Na questão sobre as melhores soluções de governo: outra novidade: existe um empate a maioria absoluta e uma coligação de direita, resposta que ultrapassa o cenário de uma coligação de esquerda.
Fica o retrato possível daqueles que, nesta altura, admitem não votar: mais mulheres, mais de metade são jovens e pertencem a classes mais desfavorecidas.
Ficha Técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, DN e JN com o objectivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a intenção de voto nas legislativas.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 16 e 21 de janeiro . Foram recolhidas 965 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,15%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem, Lda, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.