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Estudo britânico identifica duas novas espécies de dinossauros

Impressão artística dos dinossauros, com Ceratosuchops inferodios em primeiro plano e Riparovenator milnerae em segundo plano. Foto: Anthony Hutchings
Impressão artística dos dinossauros, com Ceratosuchops inferodios em primeiro plano e Riparovenator milnerae em segundo plano. Foto: Anthony Hutchings

Um estudo liderado por paleontólogos da Universidade de Southampton identificou fósseis de dinossauro encontrados na ilha de Wigth, no Reino Unido, como pertencentes a duas novas espécies.

A investigação publicada na Scientific Reports permitiu associar os fósseis descobertos junto à praia de Brighstone ao longo de vários anos com o grupo de dinossauros terópodes da família dos espinossauros, que tinham características que lhes permitiam caçar na terra e na água.

No total, o conjunto identificado no estudo agora divulgado é composto por cerca de 50 ossos recuperados por colecionadores e por uma equipa do Dinosaur Isle Museum, em Sandown, onde ficarão em exibição.

O único esqueleto de um espinossaurídeo existente no Reino Unido foi descoberto em 1983 numa pedreira em Surrey, tendo sido recuperados apenas mais alguns dentes e ossos isolados.

Embora os esqueletos estejam incompletos, os investigadores estimam que os dinossauros mediam cerca de nove metros de comprimento, refere o estudo, ao admitir também que os espinossaurídeos podem ter evoluído pela primeira vez na Europa, antes de se dispersarem pela Ásia, África e América do Sul.

"Este trabalho reuniu universidades, o Dinosaur Isle Museum e o público para revelar esses incríveis dinossauros e a ecologia diversa da costa sul da Inglaterra de há 125 milhões anos", salientou Neil Gostling, da Universidade de Southampton que supervisionou a investigação.

Martin Munt, curador do Dinosaur Isle Museum, classificou a descoberta de grande relevância para o consolidar o estatuto da Ilha de Wight como um dos principais locais de fósseis de dinossauros em toda a Europa.