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Funchal recebeu 110 candidaturas para Bolsas de Criação Artística

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Naquela que é a primeira edição do Concurso de Bolsas de Criação Artística, lançado este Verão pela Câmara Municipal do Funchal (CMF), foram recebidas "um total de 110 candidaturas, com propostas regionais, nacionais e internacionais", revelou hoje a autarquia em nota de imprensa.

Esta iniciativa visa atribuir apoios financeiros anuais para o desenvolvimento de projectos artísticos nas áreas das Artes Visuais, Artes Performativas e Escrita. 

“O propósito destas bolsas é contribuir para a consolidação da actividade de artistas provenientes de múltiplas disciplinas artísticas, regionais e não só, de modo a que possam encontrar no Funchal um contexto propício ao desenvolvimento da sua prática profissional”, destaca o presidente Miguel Silva Gouveia.

“Além das muitas propostas de artistas madeirenses, o que enaltecemos, tivemos também candidaturas de Açores, Porto, Évora, Castelo Branco e Lisboa, e ainda, a nível internacional, de Cabo Verde, Brasil e Inglaterra", acrescenta o autarca, salientando o "sucesso da iniciativa".

Miguel Gouveia refere ainda que se verificou uma preponderância nas candidaturas em artes visuais, nomeadamente cinema, fotografia e design.

Concluída esta fase, segue-se agora a segunda fase do concurso, em que um júri (composto por artistas e por elementos indicados pela Câmara Municipal do Funchal e pela Universidade da Madeira) irá selecionar as seis candidaturas vencedoras, que receberão bolsas no valor de cinco mil euros cada e irão desenvolver projectos em residência artística no Funchal.

Fazem parte deste: júri Carolina Caldeira, Francisco Fernandes, Sara Anjo, Paula Erra, Tiago Casanova, Paulo Beju, Duarte Encarnação, Luisa Paolinelli e Sandra Nóbrega.

Serão avaliados os seguintes factores: "a formação académica, a ligação do projeto ao Funchal, a inovação e qualidade artística do projecto, a clareza, lógica e sistematização da apresentação e o potencial de impacto social".

Os resultados serão apresentados em Setembro, sendo que as residências artísticas serão desenvolvidas entre 1 de Outubro e 31 de Dezembro de 2022.

“As Bolsas de Criação Artística são mais uma prova da forma como conseguimos desenvolver soluções de qualidade, capazes de dar respostas aos artistas e aos demais profissionais do sector”, acrescentou Miguel Gouveia.

“Queremos com este investimento continuar a oferecer as melhores condições possíveis para quem vive apenas da sua criação artística, porque essa criação, para além de fundamental para o processo de enriquecimento do património cultural, é essencial para garantir a diversidade cultural numa sociedade cada vez mais globalizada, permitindo às artes assumir uma dimensão constitutiva da identidade do Funchal, um pilar onde assenta a nossa candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027”, conclui.