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Um pouco de calma na periferia do centro do Funchal

Fotos Rui Silva/Aspress
Fotos Rui Silva/Aspress

A freguesia de Santa Luzia tem pouco mais de 1,3 quilómetros quadrados e é a mais pequena do Funchal, mas tem quase 5.500 moradores, segundo os Censos 2021.

Muita gente num espaço pequeno, mas a maioria a viver em casas. São raros os blocos de apartamentos, numa freguesia que mudou muito pouco nas últimas décadas e é um espaço de calma, na periferia do centro do Funchal.

Os problemas são comuns aos ‘vizinhos’ da Sé, São Pedro e Imaculado Coração de Maria. O trânsito é complicado, na entrada e saída de alunos do Colégio de Santa Teresinha e os estacionamentos escasseiam.

Os incendios de 2016, que deixaram um rasto de destruição e até mortes, ainda estão bem vivo snuma população que é maioritariamente idosa e que sente a falta de um local de encontro que fosse o centro da freguesia.

Miguel Nóbrega, que cresceu em Santa Luzia, regressou á freguesia em Novembro passado, em plena pandemia.

Mudou o seu estúdio de fotografía para um prédio que fica perto da casa onde cresceu.

“Mudei para aqui em Novembro, em plena pandemia, essencialmente porque não preciso de uma montra e de estar a pagar uma renda num centro comercial, isto é uma prestação de serviços”, explica. A zona tem facilidade de acesso e estacionamento e fica perto da casa onde cresceu.

“É uma zona calma, praticamente são ruas para quem mora aqui. Viver aqui é confortável, precisamente porque é calmo, já não é o centro do Funchal”, sublinha.

Santa Luzia confunde-se com o Imaculado Coração de Maria, a freguesia vizinha que é quase ‘gémea”, mas tem a seu favor ser mais calma e ter ainda menos movimento.

“Não tivemos problemas absolutamente nenhuns ao nível da segurança”, explica Miguel Nóbrega que atribui esse facto a haver, sobretudo, “moradias unifamiliares” e serem raros os espaços comerciais.

Ao contrário de outras freguesias, por aqui, o que se pede é para não mexerem muito, para não estragar.

“Nunca tivemos grandes problemas, tivemos alguns melhoramentos, mas não mudou muito porque estamos bem”.

“A minha vida é de casa para aqui, falo com amigos e pouco mais”, diz Carlos Fortunato, morador em Santa Luzia e um dos muitos que garantem que esta é uma freguesia tranquila e em que não há muita coisa para mudar.