País

Autarcas e candidatos vincam papel do poder local no combate à pandemia

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Vários autarcas socialistas subiram hoje à tarde ao palco do 23.º Congresso Nacional do PS para vincar o papel do poder local no combate à pandemia e na recuperação do país.

No período de intervenções desta tarde no 23.º Congresso do PS, que decorre até domingo no Portimão Arena, vários autarcas socialistas subiram ao púlpito da reunião magna para vincar a importância do poder local como "primeira linha" de proximidade às populações.

Carla Tavares, presidente e recandidata à Câmara Municipal da Amadora, vincou o papel do poder local no combate à covid-19 afirmando que tudo fez, em conjunto com o governo, para "não deixar ninguém para trás".

Para a autarca, "pese embora alguns desvarios populistas de direita e extrema direita que tentam habilidades demagógicas e irresponsáveis no sentido de iludir as pessoas, há que manter" o rumo e a "devida serenidade", acrescentando que "o futuro garante-se com autarcas respeitosos das populações que ambicionam representar".

Antes, já Basílio Horta, presidente da cãmara de Sintra e convidado a falar ao congresso, tinha destacado o papel dos autarcas no combate à pandemia, incluindo no processo de vacinação.

Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e recandidato à Câmara Municipal de Coimbra nas próximas eleições autárquicas, insistiu na regionalização, que classificou como "necessária à boa execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]".

Para o autarca, "um PRR bem-sucedido é um PRR executado" e "esta nova fase da governação do país precisa, uma vez mais, das autarquias e precisa da regionalização", apelando a que seja ultrapassado o 'tabu' sobre o tema.

Miguel Diogo, vereador na Câmara da Trofa, deixou um repto aos socialistas para a criação de uma escola de formação de autarcas, prevendo que os atuais "14.300 autarcas eleitos" aumentem a partir de 26 de setembro.

"Essa oportunidade de dar a cada um dos autarcas que personifica o exercício do poder local junto das populações é um sinal, como sempre o PS fez, de estar atento a uma sociedade moderna, exigente, e uma sociedade que está junto daquilo que interessa que são as pessoas nos seus problemas", defendeu.

Laura Rodrigues, presidente em exercício e candidata à Câmara de Torres Vedras, referiu-se também ao trabalho no combate à pandemia manifestando "orgulho" pelo facto de o país estar "a ganhar a batalha da pandemia e da vacinação".

A autarca abordou alguns problemas da região, como a falta de médicos de família ou as condições de "carência bastante grave" do Hospital do concelho.

O deputado na Assembleia Municipal de Lisboa José Leitão vincou que estes órgãos municipais "têm de ser cada vez mais" entendidos como "verdadeiras casas da cidadania" e que, apesar das "dificuldades à participação do cidadão" criadas pela pandemia, os eleitos conseguiram "analisar e debater um número recorde de petições apresentadas".

Diana Pais, jovem socialista e autarca em Castanheira de Pêra, também falou aos congressistas apontando o poder local e a sua intervenção como "principais motores" para o desenvolvimento do país, elogiando a moção apresentada pelo secretário-geral, António Costa.

Pelo palco do congresso socialista passaram ainda, Luísa Salgueiro, que se recandidata a um segundo mandato à câmara municipal de Matosinhos, Manuel Pizarro, líder da Federação do PS/Porto, Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores, e Paulo Cafofo, presidente do PS/Madeira, entre outros dirigentes e autarcas.