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Mais 979 mortos e 36.315 novos casos no Brasil em 24 horas

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Foto EPA

O Brasil, país sul-americano mais afetado pela pandemia de covid-19, contabilizou 979 mortos e 36.315 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

No total, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, acumula 572.641 vítimas mortais e 20.494.212 infeções desde o registo do primeiro caso de covid-19 no país, em fevereiro de 2020.

De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde, a incidência da doença no país é agora de 272 mortes e 9.752 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade permanece em 2,8% há vários meses.

Das 27 unidades federativas brasileiras, São Paulo (4.195.466), Minas Gerais (2.034.478), Paraná (1.433.191) e Rio Grande do Sul (1.395.995) são as que concentram o maior número de diagnósticos do novo coronavírus.

Por outro lado, os estados com mais vítimas mortais são São Paulo (143.752), Rio de Janeiro (61.090), Minas Gerais (52.248) e Paraná (36.769).

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de vítimas mortais, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

No momento em que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investiga falhas e eventuais crimes na gestão da pandemia no Brasil, o dono da Precisa Medicamentos - empresa que negociou o contrato para a venda da vacina indiana Covaxin ao Governo - responsabilizou hoje uma empresa localizada nos Emirados Árabes Unidos por falsificar documentos entregues ao Ministério da Saúde no contrato do imunizante.

No meio de acusações de fraude a envolver o contrato, Francisco Maximiano informou que viajou até à Índia para tentar reverter o cancelamento do acordo entre a Precisa e a Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, e acusou a empresa Envixia Pharmaceuticals de promover as fraudes.

Nos documentos indicados como fraudulentos, a Precisa ficava autorizada a ser o "representante legal e exclusivo" no Brasil da fabricante indiana, com autonomia para negociar preços e condições de pagamento. A própria Bharat Biotech negou a autoria da documentação e encerrou o contrato com a Precisa.

Contudo, a versão de Maximiano foi contestada pelos senadores.

"Envixia, que é dos Emirados Árabes, (...) diga-se de passagem, não existe para o direito brasileiro e não existe no Brasil. Enquanto estrangeira, não tem representante legal aqui. Hoje, não há como fugir da responsabilidade. Esses documentos vieram da Precisa. Até que se prove o contrário, a Precisa é responsável pela falsificação não de dois, mas de no mínimo quatro documentos", disse a senadora Simone Tebet.

Maximiano prestou depoimento na CPI para explicar alegadas irregularidades na aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin, intermediada pela empresa que lidera e cujo contrato acabou por ser cancelado.

Contudo, conseguiu uma decisão do Supremo brasileiro que lhe concedeu o direito de ficar em silêncio para não se incriminar e optou por não responder à maioria das perguntas feitas pelos senadores.

O silêncio do proprietário da Precisa Medicamentos foi avaliadopelos parlamentares como um atestado de culpa.

Entre as perguntas que ficaram sem resposta está a incompatibilidade do padrão de vida de Maximiano com os rendimentos declarados.

A covid-19 provocou pelo menos 4.392.364 mortes em todo o mundo, entre mais de 209,2 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.