Eleições Autárquicas Madeira

Madeira vive "de mão estendida a Lisboa"

Líder do PS-Madeira critica o Governo Regional pelo facto de não baixar o IVA, ao contrário dos Açores

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Paulo Cafôfo aproveitou a apresentação oficial da candidatura de Olga Fernandes à Câmara Municipal da Ribeira Brava para lançar farpas ao Governo Regional pelo facto de não baixar o IVA, ao contrário dos Açores, e acusa o executivo liderado por Miguel Albuquerque de viver com a "mão estendida a Lisboa".

"Vemos uma Autonomia de mão estendida a Lisboa, quando queríamos uma Autonomia com uma mão de apoio aos madeirenses, e isso não se verifica. Não temos utilizado a Autonomia para ajudar os nossos e dar a tal mão aos madeirenses e porto-santenses", afirmou, vincando que os açorianos passarão a pagar 16% de IVA, enquanto ps madeirenses continuarão a pagar 22%.

O líder do PS-Madeira lembrou, aliás, que o PS propôs esta diminuição no Orçamento Suplementar de 2020 e no Orçamento Regional para 2021, mas a maioria chumbou a proposta.

De acordo com Cafôfo, dadas as dificuldades do tecido empresarial madeirense – em especial o comércio e a restauração – esta seria uma medida fundamental e teria efeitos directos e imediatos na liquidez das empresas, mas também na poupança das famílias.

Será que a culpa de termos menos 6% na baixa do IVA é de Lisboa, ou a culpa é do governo do PSD e do CDS que não baixa o IVA e não pensa nas pessoas e em ajudá-las a ultrapassarem este momento tão difícil? Paulo Cafôfo

Por outro lado, o líder dos socialistas madeirenses vincou que Olga Fernandes é a candidata de que a Ribeira Brava precisa, destacando a sua coragem e capacidade de trabalho.

A esse propósito, Cafôfo aproveitou para criticar o facto de o atual presidente, Ricardo Nascimento, ter "vestido a capa de herói" nas eleições anteriores, dizendo que a Ribeira Brava estava em primeiro, mas, rapidamente, "despiu essa capa", colocando o PSD em primeiro, em detrimento da Ribeira Brava.

"É por isso que a esperança da Ribeira Brava é a Olga e o PS", sublinhou, dando conta que este concelho, porta de entrada para a Zona Oeste e Norte da Madeira, tem ficado para trás, enquanto outros municípios se têm desenvolvido. "A Ribeira Brava merece ter alguém que, com coragem e determinação, possa fazer a diferença", rematou.

Olga Fernandes promete visão de futuro e garra para desenvolver a Ribeira Brava

Muita garra e uma liderança com visão de futuro e integradora para desenvolver o concelho da Ribeira Brava são os compromissos assumidos pela socialista Olga Fernandes, que hoje apresentou publicamente a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal da Ribeira Brava, sob o lema ‘Coragem e Determinação’.

A candidata, actualmente deputada na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), destacou que a Ribeira Brava tem um grande potencial de crescimento económico, mas que lhe falta"uma liderança com visão de futuro, que permita alavancar as potencialidades" da localidade.

A sua candidatura será, portanto, de "luta por um futuro melhor" em todas as freguesias do concelho e por uma melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas ali residentes. "Podemos e faremos melhor pela nossa Ribeira Brava. Temos a força, a coragem e a determinação para lutar e, convosco, vamos fazer a diferença", assegurou, acrescentando que "está na hora de arregaçar as mangas e trabalhar pela nossa terra".

Por outro lado, defendeu que é preciso insistir e resolver o problema do nó de Campanário e toda a área envolvente, que urge uma solução que assegure a segurança das pessoas que transitam na Estrada Regional 222, bem como uma passagem aérea na Meia-Légua, de modo a evitar a travessia das pessoas na via expresso. A um outro nível, disse que há que melhorar a rede de saneamento básico no concelho e que é preciso uma boa gestão da recolha de lixo.

O acesso à água de rega para desenvolver a agricultura e à água de qualidade para consumo a toda a população é outra prioridade de Olga Fernandes.

A candidata socialista apontou igualmente a importância de defender a qualidade das águas balneares e a orla costeira, visando a qualidade do turismo, mas também a devolução da frente mar aos ribeira-bravenses. “Isto não se resolve com palavrinhas mansas. É preciso uma visão de conjunto e integradora para desenvolver o concelho da Ribeira Brava. É preciso visão estratégica de futuro que já faz falta há muito tempo”, salientou.

Olga Fernandes considerou também que é necessário retomar o projeto ‘Brava Valley’, que poderá ser impulsionador para a criação de emprego, mas foi “completamente esquecido”. “São precisas novas ideias, ideias arrojadas que permitam alavancar o projeto e concretizá-lo com efetiva criação de emprego”, referiu, acrescentando que é possível fazer mais e melhor, com mais criatividade e dinamismo.

Contrariar a saída de jovens do concelho, apostando em projetos empreendedores, de modo a dar trabalho e estabilidade aos jovens e às famílias, é outra das ideias preconizadas.

Os ribeira-bravenses têm agora a oportunidade de expressar o seu descontentamento nestas eleições quanto aos problemas que estão há anos por resolver. Se os seus problemas não foram resolvidos em anos, como é que serão resolvidos com a mesma gestão? Olga Fernandes

“Prometo-vos solenemente que, se for eleita, estarei no terreno durante os 4 anos do mandato e, em mim, terão uma pessoa que vos ouve e que lutará com toda a sua garra pelo concelho da Ribeira Brava”, assegurou à população, apresentando ainda os candidatos à presidência das diferentes juntas de freguesia: Sofia Ferreira (Ribeira Brava), António Macedo (Tabua), Paulo Santos (Serra de Água) e Pietro Aires (Campanário).