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Negócio dos medicamentos em Portugal aumentou 2,5% em 2020

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O negócio dos medicamentos em Portugal aumentou 2,5% no ano passado, face a 2019, atingindo 2,8 mil milhões de euros, revelou ontem a Informa D&B, que reúne bases de dados sobre o tecido empresarial.

Os números, divulgados ontem em comunicado, mostram que as exportações aumentaram 13,4% face a 2019, atingindo 1,163 mil milhões de euros, e as importações subiram 7,2% para 2,237 mil milhões de euros.

A balança comercial do setor apresentou um saldo deficitário em 2020, aumentando para 1,074 mil milhões de euros.

Os principais mercados externos comunitários das exportações portuguesas de medicamentos foram a Irlanda e a Alemanha, com quotas do valor das exportações totais de cerca de 17% e 16%, respetivamente, e o principal cliente fora da União Europeia foi os Estados Unidos, com um peso de 12,5%.

Nas importações, as maiores compras são à Alemanha, que absorve 21% do valor total, à frente da Espanha (12%) e dos Países Baixos (14%).

A Informa D&B destaca ainda ter-se mantido em 2019 a evolução crescente iniciada em 2013 quanto ao número de fabricantes de especialidades farmacêuticas, situando-se em 129, mais 1,6% do que no ano anterior.

Quando consideradas 37 das empresas do setor com maior faturação, incluindo fabricantes e importadores sem produção em Portugal, o volume de emprego agregado manteve uma tendência crescente desde 2015, situando-se em 2019 em cerca de seis mil trabalhadores.

"Sete empresas contavam nesse ano com mais de 250 pessoas ao serviço, enquanto 21 empregavam entre 50 e 250 pessoas", destaca no comunicado, adiantando que o capital estrangeiro predominou entre os principais operadores do setor, sendo maioritário em 35 dos 40 principais laboratórios.

Em 2020, a quota de mercado dos medicamentos genéricos foi de 21%, com vendas de aproximadamente 590 milhões de euros, traduzindo um aumento de 3,5% face a 2020.