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Reino Unido sanciona seis militares que participaram em golpe militar

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O Reino Unido anunciou hoje que vai aplicar sanções contra seis responsáveis da Junta Militar de Myanmar (antiga Birmânia), incluindo o comandante do exército, Min Aung Hlaing, pelo seu papel no golpe militar do início de fevereiro.

Os seis militares, que passam a estar proibidos de permanecer em solo britânico e de fazer negócios com empresas britânicas, juntam-se a outros 19 responsáveis birmaneses a quem o Governo britânico já tinha imposto sanções por graves violações dos direitos humanos.

Estas medidas "enviam uma mensagem clara ao regime militar de birmanês: os responsáveis pelas violações de direitos humanos serão responsabilizados e as autoridades devem devolver o poder ao povo birmanês", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, em comunicado.

O golpe militar, no dia 01 de fevereiro, atingiu a frágil democracia de Myanmar, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de novembro de 2020.

Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes.

Desde então, milhares de pessoas têm-se manifestado contra o golpe militar, sobretudo na capital económica, Rangum, e em Mandalay, a segunda maior cidade do país, e cinco pessoas já morreram nos protestos.

Nas últimas três semanas, os generais birmaneses têm intensificado o recurso à força para enfraquecer a mobilização a favor do regresso do Governo civil, com milhares de pessoas a descerem às ruas em desfiles diários.

Desde a sua detenção na manhã de 01 de fevereiro que Aung San Suu Kyi não é vista em público.

Laureada em 1991 com o prémio Nobel da Paz, 75 anos, a líder do país está em local secreto desde a sua prisão, justificada por ter alegadamente violado uma lei de importação e exportação importando "ilegalmente" rádios para sua casa.