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Biden recusa "pânico" e garante que EUA estão "preparados" para a Ómicron

Foto EPA/JIM LO SCALZO
Foto EPA/JIM LO SCALZO

Joe Biden garantiu na terça-feira que os Estados Unidos estão "preparados" para enfrentar a nova variante da covid-19 Ómicron, que está a tornar-se dominante, e referiu que não há motivo para "pânico", principalmente entre os norte-americanos vacinados.

"Temos todos que nos preocupar com a Ómicron, mas não devemos entrar em pânico", referiu o chefe de Estado norte-americano durante um discurso dedicado à nova variante da covid-19.

O democrata salientou que o país já não se encontra em março de 2020 e assegurou que está "preparado".

Biden apontou "três grandes diferenças" em comparação com o inicio da pandemia, salientando em primeiro lugar a vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2, mas também a abundância de equipamentos de proteção individual ou o conhecimento já acumulado sobre este vírus.

No entanto, o Presidente dos Estados Unidos fez questão de referir que os não vacinados têm "motivos para se preocuparem" e que é um "dever patriótico" receberem a vacina.

"Quem decide não se vacinar é responsável pelas suas próprias escolhas, mas essas escolhas são alimentadas pela desinformação na televisão e nas redes sociais", lamentou.

O líder norte-americano denunciou ainda o comportamento "imoral" de certas empresas que lucram ao permitirem a divulgação de mentiras "que podem matar os próprios clientes".

A Casa Branca já tinha divulgado a estratégia da administração de Biden para combater a nova vaga de covid-19 e que envolve a testagem, o reforço da capacidade de vacinação e o aumento da capacidade nos hospitais.

Nestas medidas não estão previstas novas restrições antes dos festejos natalícios.

Segundo um alto funcionário da Casa Branca, citado pela agência AFP, não é "necessário confinar escolas ou atividades económicas".

Os centros de testagem nos Estados Unidos têm registado longas filas desde o início da semana.

As autoridades vão distribuir 500 milhões de testes gratuitos e mobilizar mil médicos, enfermeiros e membros das equipas médicas do Exército.

Os Estados Unidos vão também doar mais de meio bilião de dólares para ajudar organizações internacionais no combate à covid-19, em concreto à disseminação da variante Ómicron.

Esta nova variante representava já 73,2% dos novos casos de covid-19 na semana passada naquele país.

Joe Biden reconheceu, também na terça-feira, que "ninguém esperava que esta variante se espalhasse tão rapidamente" e revelou que planeia suspender as restrições de viagens para oito países de África, tendo em consideração que a Ómicron já está disseminada no mundo.

A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.