Madeira

Miguel Fonseca divulga carta ao líder do PS-M que acusa de manter "insustentável silêncio"

Foto Arquivo
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Miguel Fonseca, candidato à liderança do PS-Madeira emitiu uma nota de imprensa da sua 'Candidatura Alternativa e Democrática e Social', onde tece críticas ao actual presidente do partido, Paulo Cafôfo, a quem acusa de manter um "insustentável silêncio" perante questões que colocou numa carta dirigida aos órgãos socialistas regionais. 

Na nota intitulada "o insustentável silêncio de Presidente do PS e do candidato liberal", Miguel Fonseca diz que "uma vez que nunca foi respondida a carta ao Secretário-Geral do PS-M e ao presidente do Partido esta candidatura divulga excertos dessa carta e as razões do silêncio que acerca disso se gerou", começa por situar.

E continua: "Afirmei a ambos que 'a data do Congresso foi marcada já depois de anunciada a dissolução da Assembleia da República'.  Afirmava depois que 'uma vez marcado o congresso, desencadeia-se o processo político para a sua preparação, inclusive o anúncio de candidaturas'. Havia sempre a  alternativa de adiar o Congresso mais para a frente'. E acrescentava: 'O que não parece curial é que se sobreponha a questão burocrática à questão democrática no nosso Partido' e dava a garantia de que 'o desenvolvimento dos dois processos', eram 'mutuamente dinamizados, desde que se discutam ideias para a Região e para o Partido'."

Diz assim Miguel Fonseca que a sua candidatura "propôs, nesta fase, um modelo de esclarecimento das diferentes candidaturas que contribuía para o esclarecimento do militantes e dos diferentes setores do partido e da sociedade, através de um processo de dinamização das estruturas de base", pelo que "as razões do silêncio do candidato liberal Sérgio Gonçalves têm a ver com dois motivos: Quis esconder dos militantes socialistas a sua grelha argumentativa liberal e queria ser uma candidatura única à liderança".

Além disso, argumenta que "com base nisso, todos as estruturas logísticas que deviam dar apoio às diferentes candidaturas,  incluindo a COC (Comissão Organizadora do Congresso) entraram em 'blackout' e esta candidatura teve de recorrer a outros meios, incluindo formas que implicam custos pessoais", lamenta.

Refere ainda que "na mesma lógica de silêncio, se elaborou a candidatura à Assembleia da República, baseada no 'bloco central' que sustenta a candidatura de Sérgio Gonçalves entre o setor liberal que pretende dominar o Partido, ao arrepio da linha programática do PS, e a ala cafofista, ficando de fora vastos setores do partido e da JS, que representam extratos da própria sociedade. A elaboração de uma candidatura não são 'questiúnculas partidárias', como disse o cabeça de lista à AR, mas um processo dinâmico que envolve diferentes setores do Partido e da sociedade", reforça.

Por fim, Miguel Fonseca diz que "perante tudo isto, mantém-se um insustentável  silêncio do Presidente do Partido, do Secretário-Geral e do Presidente do GP, a quem responsabilizo, a par do candidato liberal, pela falta de dinamização das estruturas de base e pelas consequências políticas que isso possa trazer ao partido", apelando, por isso, "aos militantes de base para que tomem nas suas mãos os destinos do partido e mobilizem os cidadãos para o apoio a uma representação forte do PS no parlamento nacional para um Governo socialista".