Os madeirenses habituaram-se a ouvir de Paulo Cafôfo, líder demissionário do PS Madeira, termos como: transparência e rigor. Penso que, em termos práticos, foram palavras vãs manchadas por casos como, entre outros, a FrenteMar Funchal ou o do administrador da SocioHabita. Também, no plano político, Paulo Cafôfo nunca foi certo no que disse. Temos como exemplos a disponibilidade para colaborar com a Justiça no caso do Monte, para se apresentar na assembleia regional ou, mais recentemente, o caso do saio quando afinal lá fica na assembleia com o lugar suspenso. Termino com a certeza de que entre o exemplo socialista de transparência e rigor e o exemplo social-democrata de uma governação pautada por previsibilidade e confiança, fio-me mais no segundo. Não há no governo de Miguel Albuquerque espaço a troca tintas. O que hoje é A continua a sê-lo amanhã. Assim o tem demonstrado inclusive em questões que eventualmente suscitam alguma divisão na sociedade. Decide com prévia e devida ponderação. E por tudo isto os madeirenses sabem com o que podem contar. Escusado também será abrir caminho para abordar diferenças entre socialistas e social-democratas no que respeita a concretizar e a fazer cumprir compromissos. É escusado porque as diferenças estão à vista de todos.

Jesus Camacho