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Mais de 90% dos portugueses dizem usar sempre máscara

Inquérito divulgado durante apresentação do "Movimento Saúde em Dia"

Foto Global Imagens
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"Efectivamente os portugueses de uma forma genérica até estão a cumprir com as normas e com as directrizes que são passadas e que vão ser reforçadas" também com a campanha hoje apresentada "Saúde em dia - não mascare a saúde", disse Francisca Azevedo.

Mais de 90% dos portugueses inquiridos num estudo sobre a covid-19 referiram usar sempre máscara quando saem de casa e 88% dizem sentir confiança nos profissionais de saúde.

O estudo que pretende auscultar as opiniões e captar as perceções da população portuguesa sobre a pandemia de covid-19 com enfoque no seu impacto no acesso a cuidados de saúde foi divulgado ontem na apresentação do Movimento Saúde em Dia, uma iniciativa da Ordem dos Médicos e da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares.

Os dados preliminares foram apresentados por Francisca Azevedo, diretora executiva da GFK Metris, e apontam que 94% dos portugueses dizem "que usam sempre a máscara assim que saem de casa".

"Efetivamente os portugueses de uma forma genérica até estão a cumprir com as normas e com as diretrizes que são passadas e que vão ser reforçadas" também com a campanha ontem apresentada "Saúde em dia - não mascare a saúde", disse Francisca Azevedo.

O estudo pretendeu apurar a "importância percecionada do tema pandemia covid-19, bem como o nível de informação que têm sobre a mesma" e os comportamentos adotados no dia-a-dia (lavar as mãos com frequência, uso da máscara, manter a distância de segurança, evitar locais com muita gente, isolamento social).

A investigação visou ainda avaliar o impacto da pandemia (diminuição dos rendimentos, risco para a saúde, limitação ao acesso a cuidados de saúde) e a "segurança/insegurança no acesso a cuidados de saúde" e os seus motivos: "sinto confiança para receber cuidados de saúde num hospital público", "no meu Centro de Saúde/ Unidade de Saúde Familiar", para "me deslocar a uma farmácia para comprar medicamentos".

Pretendeu ainda quantificar até que ponto os portugueses deixaram, ou não, de aceder a cuidados de saúde durante a pandemia (sendo feita uma distinção entre doentes crónicos e doentes não crónicos) e saber a opinião dos portugueses sobre a atuação de entidades e setores durante a pandemia.

Este conhecimento será partilhado e analisado em 22 de setembro, numa reunião de peritos, sendo o objetivo "promover a reflexão sobre o conhecimento adquirido e os desafios dos sistemas de saúde, por forma a desenvolver propostas efetivas".

A informação foi recolhida através de entrevistas diretas e pessoais, em total privacidade, com base num questionário estruturado, elaborado pela equipa do projeto e pela GfK Metris.

Os trabalhos de campo decorreram entre os passados dias 28 de agosto e 07 de setembro e foram realizados por entrevistadores recrutados e treinados pela GfK Metris, que receberam uma formação adequada às especificidades deste estudo.

O universo é constituído por indivíduos com 18 e mais anos, residentes em Portugal, numa amostra de 1.000 indivíduos, proporcional à população portuguesa, sendo a margem de erro de 3,1% para um intervalo de confiança de 95%.

Os dados serão ponderados para o universo da população em estudo, 8.251 milhões de indivíduos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.846 pessoas das 60.895 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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