Madeira

SPM diz que falta de professores ameaça “funcionamento seguro das escolas”

None

O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) considera que o número de professores contratados para o próximo ano lectivo, que arranca a 7 de Setembro, ficam “aquém das necessidades reais das escolas no actual contexto de pandemia”.

A direcção do SPM entende que as carências de docentes já sentidas em anos anteriores agravaram-se com a exigência da implementação das medidas de segurança que implicam o reforço de docentes, e que sem esse reforço não será possível fazer face aos riscos inerentes à reabertura das escolas.

Segundo o Sindicato, não será possível garantir a redução do número de alunos por turma, de forma a manter o distanciamento social mínimo recomendado; proteger os docentes dos grupos de risco que devem ficar adstritos a actividades onde não haja contacto directo com grupos de alunos, como, por exemplo: realização de actividades (aulas e outras) à distância para os alunos e crianças de grupos de risco, assessorias de órgãos das escolas, tutorias, colaboração com outros docentes na preparação das actividades lectivas e de avaliação de alunos, supervisão e monitorização dos resultados das medidas de contingência implementadas pelas escolas.

Sem docentes, não será ainda possível, “promover actividades de recuperação dos atrasos provocados pelos problemas resultantes do ensino à distância e haverá incumprimento de muitos dos objectivos previstos nos projectos educativos das escolas”, adianta o SPM através de comunicado, recordando que os clubes e projectos escolares serão reduzidos e haverá “empobrecimento dos currículos, reduzindo-os ao cumprimento de programas teóricos extensos”. Por último, o SPM aponta para uma “sobrecarga de trabalho para os docentes ao serviço”.

Por todas estas razões, o SPM “exige a colocação de todos os docentes necessários para dar resposta à implementação das mais exigentes condições de segurança recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, pela Direcção Geral de Saúde e pelas entidades regionais”.

Fechar Menu