Ana Gomes

Discordo dos ataques de Ana Gomes (AG) focados na Zona Franca da Madeira (ZFM), ignorando o impacto positivo da mesma na parca economia da RAM, havendo outros países na UE com regimes fiscais semelhantes, para não falar das off-shores (OS) bastando que uma se mantenha para que persistam todos os males que AG lhes aponta nomeadamente a lavagem de dinheiro (LD). Aliás nos dias que correm a LD não tem lugar apenas nas OS e os denominados negócios ilícitos mas que contam para a economia global queiramos ou não, utilizam também grandes e “respeitáveis” empresas mundiais das mais variadas áreas da economia para esse desiderato, chegando ao ponto de até conseguirem financiar-se através de operações de emissão de obrigações devidamente “fiscalizadas” pelas autoridades financeiras. AG com esta sua sanha contra a ZFM revela uma visão distorcida e quixotesca do assunto. De todo o modo admiro a frontalidade com que AG expõe as suas ideias de acordo com os ditames da sua consciência não se deixando nunca condicionar por qualquer tipo de mordaça. Na apresentação da sua candidatura apreciei especialmente os considerandos que fez sobre o atual detentor do cargo que continua a protelar o anúncio da recandidatura, qual segredo de polichinelo. Quanto ao “demasiado encosto” entre o atual Presidente da República (PR) e o governo concordo e os “encostos” têm sido mútuos bem espelhados nos elogios públicos e críticas em privado do PR ao Governo e na retribuição plena de “carinho” do Primeiro Ministro com o intempestivo e foleiro anúncio da recandidatura. Porque é uma mulher da política avessa à hipocrisia endêmica que afeta a generalidade dos nossos políticos, pela sua formação, conhecimentos e experiência granjeados na sua vida profissional como embaixadora, tem todas condições para ser PR, apesar da aberrante escolha do coordenador da campanha. Entre tanta gente de reconhecido valor para escolher, optou por alguém que ofende a memória de Catalina Pestana.

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