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Passageiros que regressem da China a Portugal vão receber folhetos nos aviões

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Os passageiros de voos provenientes da China vão receber nos aviões folhetos informativos sobre o que devem fazer à chegada a Portugal em caso de suspeita de sintomas de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov).

A informação foi avançada hoje pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, numa conferência de imprensa, em Lisboa, onde foi feito um novo balanço sobre a infeção pelo ‘2019-nCov’, detetado na China em dezembro.

Graça Freitas adiantou que a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) vai pedir às companhias aéreas para que os folhetos informativos, com indicações sobre o novo coronavírus, sintomas, procedimentos e contactos telefónicos, sejam distribuídos a bordo dos aviões.

Uma “medida de precaução” que considerou “mais efetiva” do que os rastreios à chegada ao aeroporto, em Portugal, uma vez que “há pessoas que desembarcam sem sintomas” de infeção causada pelo novo coronavírus (família de vírus que pode provocar pneumonia).

A Direção-Geral da Saúde teve hoje uma reunião de trabalho com a ANAC e com entidades da saúde para ajustar medidas nacionais a adotar face ao surto do ‘2019-nCov’ na China.

A China elevou hoje para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

As análises preliminares efetuadas às 20 pessoas repatriadas por Portugal, que chegaram a Lisboa no domingo, tiveram resultados negativos.

Os 18 portugueses e duas brasileiras vão permanecer em isolamento profilático durante 14 dias em instalações dedicadas para o efeito no Hospital Pulido Valente (Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e no Parque da Saúde de Lisboa.

As análises aos quatro casos considerados suspeitos em Portugal tiveram também resultados negativos.

A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, assegurou que os hospitais de Portugal estão preparados para lidar com uma eventual epidemia e que a situação está a ser tratada de forma “tranquila, mas rigorosa”.