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Bruxelas prevê crescimento estável na zona euro até 2021

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A Comissão Europeia manteve hoje a previsão de crescimento da economia da zona euro em 1,2% este ano e 2021, após consecutivas revisões em baixa, estabilização que atribui às repercussões económicas do novo coronavírus, contrabalançadas com melhorias no emprego.

Em causa estão as previsões económicas intercalares de inverno do executivo comunitário, hoje divulgadas em Bruxelas, que apontam para um “crescimento constante e moderado” de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2021 na área do euro, mantendo inalteradas as anteriores projeções do outono do ano passado.

Bruxelas explica no documento que “as perspetivas para 2020 e 2021 permanecem inalteradas desde o outono porque os desenvolvimentos positivos estão a ser contrabalançados com eventos negativos”.

Assim, apesar de realçar a “criação contínua de emprego, o crescimento robusto dos salários e uma combinação das políticas [monetárias] de apoio”, o executivo comunitário admite que “o ambiente externo continua desafiador”, gerando então esta situação de estabilidade.

Um dos principais fatores externos desfavoráveis apontados por Bruxelas é o surto do novo coronavírus, que “gerou incertezas sobre as perspetivas de curto prazo da economia chinesa e sobre o grau de rutura nas fronteiras num momento em que a atividade de manufatura a nível global permanece em níveis cíclicos baixos”, de acordo com o documento.

A Comissão Europeia avisa que, “quanto mais tempo [o surto] dura, maior a probabilidade de existirem efeitos indiretos sobre o sentimento económico e as condições de financiamento global”.

Também a incerteza nas relações comerciais entre Bruxelas e Londres, após o ‘Brexit’, pesou nesta equação, adianta o executivo comunitário.