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Brasil aproxima-se das 187 mil mortes e dos 7,3 milhões de casos

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O Brasil registou 408 óbitos e 25.445 infeções por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o número de mortes para próximo das 187 mil e o de casos confirmados para perto dos 7,3 milhões, anunciou hoje o governo.

De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, o número de mortes associadas à covid-19 no Brasil subiu para 186.764 desde 12 de março, data do primeiro óbito, e o de infeções para 7.238.600 desde 26 de fevereiro, quando foi detetado o primeiro caso.

Os dados confirmam o Brasil, com 210 milhões de habitantes, como um dos epicentros mundiais da pandemia, sendo o segundo país com maior número de mortes por covid-19 no mundo, depois dos Estados Unidos da América, e o terceiro com maior número de casos, depois Estados Unidos e Índia.

Os números de hoje foram muito superiores aos anunciados, mas o ministério não os registou porque o estado de São Paulo, o mais afetado pela pandemia, não conseguiu incluir o seu balanço nas bases de dados nacionais devido a problemas informáticos.

Da mesma forma, os números registados aos domingos costumam ser inferiores às médias diárias porque há menos funcionários disponíveis para processar as informações, sendo atualizados apenas na segunda ou terça-feira.

Por esses motivos, o número de mortes caiu de 1.092 na quinta-feira para 823 na sexta-feira, 706 no sábado e 408 no domingo, e o número de casos de 69.826 na quinta para 52.544 na sexta-feira, 50.177 no sábado e 25.445 no domingo.

Apesar dessa redução, as estatísticas dos últimos dias revelam que o Brasil está a passar por uma segunda vaga da epidemia sem ter superado a primeira e as médias diárias de óbitos e infeções superam significativamente as de há quinze dias.

O Brasil assinalou o recorde de 70.574 casos na quarta-feira, apesar da curva de contágio ter diminuído, assim como 1.092 mortes, o maior número num único dia desde 15 de setembro (1.110).

Segundo o Ministério da Saúde, até hoje 6.245.201 pacientes recuperaram da doença e tiveram alta, o que equivale a 86,3% do total de infetados, e outros 806.035 permanecem com cuidados médicos (11,1 %).

Apesar de o Governo não ter admitido que o Brasil enfrenta uma segunda vaga da pandemia sem nunca ter superado a primeira, os governos regionais reconhecem que a situação se agravou e a pressão ameaça a capacidade do sistema hospitalar.

Em alguns estados, como o Rio de Janeiro, o recurso às unidades cuidados intensivos já ultrapassa 90% da capacidade e há filas de pacientes que aguardam transferência para unidades especializadas.

As aglomerações de banhistas que se verificaram nas principais praias do Rio de Janeiro neste domingo, na véspera do início do verão austral, fizeram disparar os alertas dos especialistas perante a possibilidade de que tal situação agrave a pandemia.

O domingo de sol e as altas temperaturas poucas horas antes do início do verão austral, nesta segunda-feira, levaram milhares de pessoas a acorrer às praias, a maioria sem máscara ou qualquer outro material de prevenção, e provocaram aglomerações nas famosas areias de Copacabana, Ipanema e Leblon.

O temor dos epidemiologistas é que esses ajuntamentos verificados no último domingo da primavera se repitam ao longo do verão e transformem as praias em viveiros de expansão da pandemia.

O governo brasileiro anunciou na quarta-feira as linhas orientadoras do futuro plano de vacinação contra a covid-19, que pretende imunizar 210 milhões de habitantes em cerca de 16 meses, mas ainda não definiu uma data para início do processo.

Por sua vez, o Supremo Tribunal Federal decidiu quinta-feira, por ampla maioria, que a vacinação será obrigatória, mas não forçada, pelo que autorizou os governos regionais e municipais a impor sanções aos que não se vacinarem, como vetar a matrícula escolar a crianças não vacinadas ou restringir a entrada em espetáculos a quem não está imunizado.

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