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'O Século de Joanesburgo' recusa ajuda "irrisória" do Estado português

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A proprietária do mais antigo jornal português na diáspora, O Século de Joanesburgo, recusou a ajuda extraordinária do Governo português de 2.500 euros, por considerar o valor "irrisório" face à crise atual.

"O que o Estado português está disposto a pagar para ajudar este jornal, que existe há 57 anos, não chega para pagar um jornalista", afirmou à agência Lusa a presidente da Século Investment holding, Paula Caetano, que é a gestora de participações sociais do grupo que detém o Século de Joanesburgo, distribuído na África do Sul, o país com mais casos de covid-19 no continente africano.

E prosseguiu: "Não podia aceitar. Receber um valor num ano que não dá para pagar um jornalista num mês".

Devido à covid-19, o jornal deixou de ser distribuído em formato papel, tendo continuado online.

Recentemente, voltou a ser distribuído gratuitamente nos postos de distribuição, como cafés, restaurantes, mercados e lojas de portugueses ou frequentados por estes cidadãos.

Contudo, por causa do confinamento e da consequente crise, muitos destes locais ainda estão encerrados, o que dificulta a distribuição do Século do Joanesburgo.

Para Paula Caetano, os 2.500 euros do Governo português não iriam mudar o estado das coisas.

"O jornal continua, como sempre continuou", afirmou.

No seguimento da crise desencadeada pela pandemia de covid-19, o Governo português atribuiu 200.000 euros a 31 órgãos de comunicação social portugueses em 11 países.

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