Morreu a escritora e jornalista Helena Marques, com raízes madeirenses e que durante alguns anos viveu e trabalhou na Madeira. “Foi com profunda tristeza que a LeYa e a Dom Quixote receberam, ontem à noite, a notícia do falecimento da escritora Helena Marques”, confirmou a editora esta manhã o falecimento da autora de ‘O Bazar Alemão’. Este foi o seu mais recente livro, foi editado em 2010. É autora ainda de outros quatro romances e um livro de contos.

Nascida a 17 de Maio de 1935, em Carcavelos, Helena Maria Pereira Gonçalves Marques era filha de pais madeirense e veio para a Região ainda criança tento frequentado o curso de Língua e Literatura Inglesa do Departamento de Línguas da Academia de Música e Belas-Artes.

Em 1957 enveredou pela carreira de jornalista no DIÁRIO, a par de se ter dedicado ao ensino. Em 1971, muda-se para Lisboa, onde continua a carreira de jornalista, à qual se dedicou durante 36 anos. Trabalhado com os jornais A Capital, Jornal do Comércio, República e A Luta. Em 1978 integra os quadros do Diário de Notícias, onde entre 1986 e 1992 foi directora adjunta. Em 1986 recebeu o Prémio Jornalista do Ano da revista Mulheres.

Na escrita literária, estreou-se em 1992 com o romance ‘O Último Cais’, muito bem recebido pela crítica e reconhecido com o Prémio Revista Ler/Círculo de Leitores, o Prémio Máxima de Revelação, o Prémio Procópio de Literatura, Grande Prémio do Romance e da Novela da Associação Portuguesa de Escritores e com o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, da qual fez parte da direcção. Fez ainda parte da direcção do Sindicato dos Jornalistas.

Publicou ainda ‘A Deusa Sentada’ (1994), ‘Terceiras Pessoas’ (1998) e ‘Os Íbis Vermelhos da Guiana’ (2002) e o já referido ‘O Bazar Alemão’, no romance. É também seu o livro de contos ‘Ilhas Contadas’ (2007). A sua obra encontra-se traduzida em alemão, italiano, castelhano, grego, romeno e búlgaro.

Em 2013 foi-lhe atribuído o Prémio Gazeta de Mérito.

À família e amigos, o DIÁRIO endereça sentidas condolências.