País

Sindicato independente dos motoristas desconvocou greve

None

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) anunciou hoje que vai desconvocar a greve que iniciou segunda-feira por tempo indeterminado.

”A greve vai ser desconvocada da parte do SIMM”, anunciou o porta-voz do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), Anacleto Rodrigues, no final de uma reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa.

”Chegámos à conclusão de que esta greve não surtiu os efeitos que desejávamos”, justificou o sindicalista.

O SIMM é um dos sindicatos que convocou a greve que decorre desde segunda-feira por tempo indeterminado. Já o Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas (SNMMP) mantém a paralisação.

”Agora vamos trabalhar com aquilo que eram as nossas propostas”, anunciou o representante do SIMM. Adiantou ainda que “no dia 12 de setembro” irá ocorrer uma primeira reunião de trabalho.

Anacleto Rodrigues afirmou que cerca dos 150 motoristas, que estavam nos piquetes de greve, vão agora regressar ao trabalho.

Para o representante da Antram, a associação que representa os patrões “há um vencedor que é o diálogo”. O SIMM “conseguiu dar um passo muito importante na assinatura deste acordo”, disse André Matias de Almeida, tendo esclarecido que este sindicato desconvocou primeiro a greve e só depois voltou à mesa das negociações.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, espera agora que o Sindicato Nacional de Mercadorias Perigosas (SNMMP) siga o exemplo do SIMM. “Fazemos o apelo ao SNMMP para desconvoque a greve e se junte a este processo negocioal. É o que todos os portugueses esperam”, afirmou. “O país inteiro espera pelo fim da greve, e os motoristas também”, reforçou.

Pedro Nuno Santos garante que o Governo não está a isolar o sindicato dos motoristas de matérias perigosas e deseja que também esta estrutura volte à mesa negocial, à semelhança do SIMM e da Fectrans. “Esperamos que seja escolhida a via do diálogo e para isso é preciso a desconvocação da greve”, sublinhou o ministro.