Mundo

EUA devem ter “capacidade de responder” a eventual ataque do Irão

None

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, considerou hoje que os EUA devem ter “capacidade de responder” a um eventual ataque do Irão mas assegurou que o Presidente Donald Trump “não pretende iniciar” uma guerra.

“Os Estados Unidos devem ter a capacidade de responder a um eventual ataque do Irão contra os interesses norte-americanos no Golfo”, afirmou durante uma deslocação à Flórida.

O chede da diplomacia reuniu-se na cidade de Tampa com responsáveis do comando central do Pentágono, que na segunda-feira anunciou o envio de 1.000 militares suplementares para a região, uma medida justificada pelo “comportamento hostil” de Teerão.

Esta medida “deve convencer o Governo islâmico do Irão que estamos determinados em dissuadi-los de novas agressões na região”, disse.

A visita destina-se a “finalizar os objetivos estratégicos” enunciados pelo Presidente Donald Trump, adiantou.

“Mas não podemos fazê-lo sem assegurar que temos a capacidade de responder se o Irão tomar uma má decisão” e atacar “um americano, um interesse americano ou prosseguir o desenvolvimento do seu programa de armas nucleares”, prosseguiu.

“Devemos estar preparados para responder a qualquer ameaça do Irão”, sublinhou, para assegurar que “o Presidente Trump não quer a guerra” com o Irão.

A tensão entre os dois países agravou-se após os ataques, atribuídos por Washington a Teerão, contra dois petroleiros que navegavam no mar de Omã, perto do estreito de Ormuz, uma passagem marítima estratégica à escala mundial.

Em maio, quatro navios, incluindo três petroleiros, foram sabotados ao largo dos Emirados Árabes Unidos. Na ocasião, Washington apontou o dedo a Teerão, que igualmente desmentiu qualquer responsabilidade.

Em maio de 2018 Trump anunciou a retirada do acordo nuclear assinado três anos antes por diversas potências com o Irão, ao considerar que não permitia limitar o programa nuclear de Teerão.

O milionário republicano voltou a impor pesadas sanções económicas para convencer a República Islâmica a regressar à mesa das negociações, num gesto que não foi totalmente acompanhado pelos restantes países signatários - Rússia, Reino Unido, França, China e Alemanha.

Esta campanha de “pressão máxima” é “muito eficaz”, assinalou hoje Pompeo, e quando a comunidade internacional se inquieta por uma escalada que poderá degenerar num conflito militar.