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UE quer continuar a ser “porto seguro” para refugiados vindos de todo o mundo

FOTO Shutterstock
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A União Europeia (UE) garantiu hoje que “é e vai continuar a ser um porto seguro” para refugiados de todo o mundo, reafirmando o seu “compromisso forte e duradouro” em ajudar oriundos de países como Síria e Venezuela.

“A Europa é e vai continuar a ser um porto seguro para aqueles que precisam de protecção internacional. Desde 2015, os Estados-Membros da UE garantiram protecção a mais de 1,9 milhões de pessoas”, assinala em comunicado a Alta Representante para a Política Externa da UE e também vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini.

Apontando que, no ano passado, “70,8 milhões de pessoas de todo o mundo foram forçadas a sair, fugindo de conflitos, violações de direitos humanos, perseguições, desastres naturais e do impacto das alterações climáticas”, Federica Mogherini reafirma o “compromisso forte e duradouro” da UE em “proteger os direitos dos mais vulneráveis”.

Numa nota divulgada a propósito do Dia Mundial do Refugiado, que se assinala na quinta-feira, a responsável precisa que, em 2018, foram 29,4 milhões os refugiados ou requerentes de asilo.

Para Federica Mogherini, “abordar o deslocamento forçado requer uma parceria global e inclusiva onde a solidariedade e a responsabilidade sejam compartilhadas por toda a comunidade internacional e não apenas por alguns países anfitriões e doadores”.

No ano passado, a UE alocou 1,2 mil milhões de euros em ajuda humanitária para pessoas deslocadas ou para comunidades anfitriãs, segundo dados da UE.

Já os principais países que receberam estes apoios foram a Turquia, Grécia, Síria, Iraque e Iémen.

Além da ajuda humanitária, a responsável realça na nota o papel da UE “na prevenção de conflitos, o fortalecimento do Estado de direito e a promoção de medidas preventivas e de alerta”.

“Da Síria ao Sudão do Sul, de Myanmar [antiga Birmânia] à Venezuela, trabalhamos em busca de soluções duradouras para alcançar a paz e a estabilidade”, adianta.

E reforça: “Enquanto os refugiados perderem a vida ao tentarem chegar a um local seguro o nosso trabalho deve continuar”.

“Iremos continuar a proteger os direitos humanos dos refugiados dentro e fora da Europa e a trabalhar com países parceiros e organizações internacionais para estabelecer vias mais seguras e legais para aqueles que precisam de protecção”, conclui Federica Mogherini.