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Miss Portuguesa perde a coroa por apelar à entrada de ajuda humanitária na Venezuela

Organização alega violações contratuais para justificar destituição da miss e jornalista luso-venezuelana após publicação de vídeo polémico no Funchal

A luso-venezuelana posando no miradouro da Eira do Serrado, ilha da Madeira, em Outubro de 2018. Foto Instagram
A luso-venezuelana posando no miradouro da Eira do Serrado, ilha da Madeira, em Outubro de 2018. Foto Instagram

A modelo e jornalista luso-venezuelana Carla Rodrigues, Miss Portuguesa 2018, perdeu a coroa depois de apelar à entrada de ajuda humanitária na Venezuela e de apoiar publicamente o auto-proclamado presidente interino daquele país, Juan Guaidó, já reconhecido pelo governo português e por dezenas de outros países.

A vencedora do concurso português foi eleita Miss Portuguesa 2018 há oito meses, mas perdeu o título e já não irá representar Portugal no concurso Miss Mundo, na China. A notícia foi avançada por jornais venezuelanos e pelo Correio da Manhã.

A luso-venezuelana Carla Rodrigues, de 25 anos, foi destituída esta quarta-feira do cargo pela ‘MMRP Beleza por Uma Causa’, que organiza o certame, e proibida de continuar a usar o título.

O verniz estalou a 20 de Fevereiro, quando Carla Rodrigues encontrava-se no Funchal, na Madeira. A modelo decidiu então publicar um vídeo na sua conta no Instagram que pode assistir aqui, em idioma espanhol, onde se apresenta como Miss Portuguesa e apela à entrada da ajuda humanitária na Venezuela.

Entretanto, no sábado, 23 de Fevereiro, manifestou o seu apoio a Juan Guaidó, considerando que o presidente interino é o rosto da esperança daquele país sul-americano.

Onze dias depois, a organização do concurso português anunciou a decisão de afastar a modelo portuguesa com raízes madeirenses. Partilhou nas redes sociais um comunicado com a explicação da destituição de Carla Rodrigues, alegando “incumprimento das regras devidamente contratualizadas para o desempenho do mandato de Miss Portuguesa”.

A ‘MMRP Beleza por Uma Causa’ termina afirmando que “compreende que o ser jornalista e luso-venezuelana levou a que Carla Rodrigues tivesse tomado a opção que levou a esta decisão”.