Madeira

Metade da banca está no Funchal

Sector perdeu dezenas de balcões e centenas de postos de trabalho desde 2009

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“Em 2017, a outra intermediação monetária (OIM), constituída por estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola, mantinha em atividade na Região Autónoma da Madeira (RAM), 118 estabelecimentos”, informa a Direcção Regional de Estatística da Madeira em nova informação disponibilizada no seu portal.

“Este número cresceu até 2009, ano no qual atingiu o expoente de 182”, conta. “A partir daí, foi diminuindo sucessivamente, sendo que face a 2016 regista-se um decréscimo de cinco estabelecimentos”. E acrescenta: “Em 2017, exactamente metade (50%) dos 118 estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola na RAM estavam concentrados no município do Funchal, surgindo Santa Cruz em segundo lugar com 11 estabelecimentos (9,3% do total).”

Já em termos de pessoal ao serviço, “a evolução no período 1997-2017 apresenta uma tendência com alguma semelhanças, apesar do pico em termos de emprego na banca ter ocorrido em 2004, com 1.098 pessoas ao serviço”, sendo que “em 2017, esse número era de apenas 653”. Já agora, “o Funchal, concentrava naturalmente a maior parte, 60,2% do total, correspondente a 393 trabalhadores, sendo que Calheta, Machico, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Ribeira Brava apresentavam números relativamente próximos, entre os 36 e 46 trabalhadores.

Curiosa a semelhança entre os custos com o pessoal ao serviço (25,6 milhões de euros) com a das comissões recebidas pelos estabelecimentos bancários (26,8 milhões de euros), estas últimas “tendo crescido 22,2% face ao ano precedente, ano em que se registou o mínimo da série existente para esta variável”.

Nota ainda para os juros de depósitos de clientes que em 2017 “também atingiram o nível mais baixo desde 1997, não ultrapassando os 17,4 milhões de euros”, acrescenta a DREM.

Já só há 13 seguradoras

“No que respeita à actividade seguradora, foram contabilizados 13 estabelecimentos em 2017”, refere a autoridade estatística para o ‘outro lado’ deste sector. “No período 1997-2017, este número apresentou uma tendência de crescimento até 2008 e de recuo desde então. No que respeita ao pessoal ao serviço, a trajectória desde 1997 tem sido de redução, com apenas 58 pessoas ao serviço a serem registadas em 2017, menos 40 que em 1997. Os custos com aqueles 58 trabalhadores representavam cerca de 2,1 milhões de euros em 2017”, aponta.

Por outro lado, “os estabelecimentos de empresas de seguros localizados na Região emitiram em 2017, 68,0 milhões de euros de prémios brutos, +33,7% que no ano precedente”, reforça a DREM que conclui, olhando para o período de 2000 a 2017, em que “observa-se que o pico desta variável foi em 2005 (76,5 milhões de euros), enquanto o valor mais baixo foi registado em 2010 (34,8 milhões de euros)”.