Bons exemplos do futebol inglês

O Tottenham irradiou 48 adeptos que adquiriram e revenderam ilegalmente bilhetes para o jogo da Champions League a adeptos do Estrela Vermelha cujo acesso ao jogo no estádio londrino lhes tinha sido interditado pela UEFA como castigo por cânticos racistas nas pré-eliminatórias. É mais um dos bons exemplos que o futebol inglês nos dá e que infelizmente não vemos replicados em Portugal, onde a força dos arruaceiros e até eventuais criminosos que compõem as claques, disfarçadas ou não, dos 3 grandes se impõe à Ordem Pública, financiadas pelas administrações das SAD, fomentando todo o tipo de traficâncias que vão desde intimidações e agressões a tráfico de drogas. Em 1989 o governo inglês resolveu intervir para pôr cobro à violência e aos constantes desacatos dos hooligans nomeando o magistrado Peter Taylor para elaborar um relatório sobre o desastre no estádio Hillsborough onde morreram 96 pessoas. Em face das conclusões desse relatório os clubes de futebol das 2 principais divisões inglesas foram obrigados a ter cadeiras para todos os espetadores, pôs-se em prática uma política de prevenção da violência com a polícia a identificar os potenciais desordeiros antes do início dos jogos, todos os estádios foram obrigados a instalar câmaras que permitem monitorizar em tempo real os desacatos deter os desordeiros e retirá-los do estádio, passou a haver elementos da polícia a estudar o comportamento das claques dos clubes profissionais e a identificar os elementos potencialmente mais perigosos. Quem causar desacatos num estádio é detido identificado e proibido num prazo até 10 anos de frequentar os estádios, sendo obrigado a ficar numa esquadra da polícia enquanto o seu clube joga. Quem não cumprir é preso. Em Portugal os governos acobardam-se face à violência e crimes das claques dos 3 grandes com a cumplicidade e a arrogância boçal das administrações das SAD que, quando lhes dá jeito, se servem delas para os seus jogos de poder. Até quando?