País

Trienal reúne arquitectos, activistas e filósofos para debater desafios do futuro

None

Arquitectos, activistas e filósofos vão estar em Lisboa entre quinta-feira e sábado para debater novas perspectivas para o futuro da arquitectura ligadas à emergência climática e concentração humana nas metrópoles, anunciou hoje a organização do encontro.

Promovidas pela Trienal de Arquitectura de Lisboa 2019, que decorre em quinta edição sob o tema “A poética da Razão”, as conferências “Talk Talk Talk” vão reunir figuras de relevo na Fundação Calouste Gulbenkian para aprofundar temas propostos pelas exposições da programação.

De 28 a 30 de novembro de 2019, em parceria com a Gulbenkian, os debates e conferências também pretendem lançar novas visões e questões sobre a economia de meios, permacultura, imaginação e ornamento, segundo a Trienal.

Na quinta-feira, entre as 18:00 e as 21:00, a conferência terá como título “Agricultura e Arquitectura: Do Lado do Campo”, com moderação de Sébastien Marot, para debater a situação das metrópoles como destino da humanidade.

Situação ambiental, concentração humana, êxodo urbano, princípios e ética do design serão discutidos por um painel de convidados como David Holmgren, co-fundador australiano do conceito de permacultura, Carolyn Steel, arquitecta e escritora britânica, Colin Moorcraft, arquitecto e escritor britânico de temáticas ambientais, e Joëlle Zask, filósofa francesa.

Na sexta-feira, no mesmo horário, será a ver da conferência “Espaço Interior”, com moderação dos italianos Mariabruna Fabrizi e Fosco Lucarelli, para falar sobre imaginação e a capacidade de organizar, estruturar e traduzir outras formas da nossa própria experiência do mundo.

Os convidados que participam nesta discussão são a arquiteta, editora e curadora Giovanna Borasi, o crítico e historiador francês Jacques Lucan e o arquiteto francês Jo Taillieu.

No sábado, as Talk Talk Talk decorrem entre as 15:00 e as 21:00, com duas conferências: “O que é o Ornamento?, com moderação de Giovanni Piovene e Ambra Fabi.

Participam Sam Jacob, fundador do atelier Londrino Sam Jacob Studio, que falará sobre padrão e política, com foco no conflito entre prazer visual e significado.

Fundador do atelier holandês Neutelings Riedijk Architects e autor do recente livro Ornamento e Identidade, Michiel Riedijk vai dissecar a incorporação de composições figurativas na prática de arquitetura.

Konstantinos Pantazis, co-fundador do estúdio Point Supreme, com sede em Atenas, apresentará a forma como os materiais específicos, a escolha de cores, objetos ou elementos na construção dos projetos do atelier se tornam parte da estrutura ornamental.

Matilde Cassani também aborda o ornamento, nas suas definições de visível e invisível, na sua relação com a escala urbana e o tempo.

Em “Economia de Meios”, que terá moderação de Éric Lapierre, curador-geral da Trinela deste ano, a arquitetura será alvo de debate sobre o futuro e a sua capacidade de enfrentar a mudança de paradigma provocada pelo aquecimento global e pela escassez de recursos.

Chamados a participar neste debate sobre economia de meios e o seu papel no desenho de edifícios, e noutros domínios culturais, estarão Sharon Johnston, diretora do atelier Johnston Marklee, com sede em Los Angeles e professora em Harvard; Kersten Geers, diretor do Office Kersten Geers, David Van Severen, e professor em Harvard e na Accademia di architettura de Mendrisio; e Robin Collyer, um artista conceptual do Canadá que usa a fotografia e as instalações para abordar as dimensões de espaço e arquitectura.