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Quatro partidos da oposição criam plataforma “Comandos pela liberdade”

Foto EPA
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Quatro dos principais partidos da oposição da Venezuela lançaram, na sexta-feira, a plataforma “Comandos pela liberdade” para coordenar novos protestos e atividades contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

A plataforma, que pretende também combater a crise na Venezuela e promover uma mudança de regime, é liderada pelo chamado G4, movimento composto pelos partidos Vontade Popular, Primeiro Justiça, Um Novo Tempo e Ação Democrática.

O deputado da oposição lusodescendente Manuel Teixeira insistiu na importância de a oposição se organizar para defender os seus direitos.

“Não temos medo de dizer que nos estamos a organizar para, por exemplo, futuras eleições. Essa é o objetivo, a rota cidadã, o direito que todos os cidadãos têm de organizar-se, protestar, para defender os direitos constitucionais, como as eleições”, declarou.

O lusodescendente acrescentou que os “Comandos pela liberdade” vão ter responsabilidades eleitorais, comunicacionais e políticas.

Por outro lado, a deputada opositora Adriana Pichardo, explicou aos jornalistas que esta plataforma vai “coordenar os protestos sociais, apresentar propostas” de protestos, e manter um contato direto entre os líderes políticos da oposição e a população.

O próximo passo é incluir sindicatos, domésticas, trabalhadores e cidadãos em geral, disse o representante do partido Ação Democrática Manuel Pérez Rogas.

A crise política, económica e social agravou-se desde janeiro último na Venezuela, quando o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de chefe de Estado interino do país.

A oposição não reconhece os resultados das eleições presidenciais antecipadas de maio de 2018, e acusou Nicolás Maduro de “usurpar” a Presidência do país.

Juan Guaidó, que conta com o apoio de mais de 50 países, incluindo Portugal, definiu um roteiro que passa pelo “fim da usurpação” da Presidência da República, “um governo de transição e eleições livres, democráticas e transparentes”.

Mais de quatro milhões de venezuelanos abandonaram o país, desde 2015, para fugirem à crise.