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Fórum Criminal contabiliza 175 detidos durante os protestos de quarta-feira na Venezuela

ONG denuncia “detenções massivas contra manifestantes”

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O Fórum Criminal contabilizou 175 detidos durante os protestos de quarta-feira, 23 de Janeiro, contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro. Os representantes da Organização Não Governamental (ONG) indicam que nos últimos dois dias houve “detenções massivas contra manifestantes”.

O balanço divulgado pelas 23 horas de quarta-feira pelo director da ONG, Alfredo Romero, informava que tinham sido detidos 175 manifestantes, distribuídos pelos seguintes distritos: Anzoátegui 2, Aragua 6, Barinas 2, Bolívar 18, Caracas 10, Monagas 38, Miranda 1, Lara 28, Táchira 14, Zulia 46, Falcón 1, Yaracuy 1, Guárico 2, Cojedes 1, Carabobo 5.

As detenções aconteceram durante os protestos dos venezuelanos contra o Governo de Nicolás Maduro, na quarta-feira, em todo o território nacional.

Em Caracas foram organizados 10 pontos de concentração, sendo a mais expressiva na praça Juan Pablo II, onde o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, assumiu a presidência interina, vinculada aos artigos 233, 333 e 350 da Constituição.

Alguns dos pontos de concentração foram reprimidos por oficiais militares. Os 175 detidos juntam-se a outros nove manifestantes detidos na segunda-feira e 34 na terça-feira.

Recorde-se que o líder do parlamento venezuelano e autoproclamado Presidente interino do país, Juan Guaidó, disse que manterá relações diplomáticas “com todos os países”, contrariando a decisão do chefe de Estado, Nicolás Maduro, de romper vínculos com Washington.

“Comunico a todos os chefes de missão diplomática e seu pessoal acreditado na Venezuela que o Estado da Venezuela deseja firmemente que mantenham a sua presença diplomática no nosso país”, afirmou Guaidó.

“Responsavelmente vos digo que somos uma nação soberana e continuaremos a manter relações diplomáticas com todos os países do mundo. Continuamos firmes em retomar a ordem constitucional”, referiu num comunicado difundido na rede social Twitter..

O comunicado do presidente da Assembleia Nacional venezuelana é “dirigido a todas as embaixadas presentes na Venezuela”. Guaidó instou as missões diplomáticas a “ignorar qualquer ordem ou disposição a este respeito que contradiga o firme propósito do poder legítimo da Venezuela” - que diz representar “em virtude da Constituição” - de que “as missões diplomáticas, chefes de missão e todo o seu pessoal continuem a trabalhar na Venezuela com normalidade e que se respeitem todas as imunidades e privilégios”.

“Qualquer disposição contrária careceria de validade, pois emanaria de pessoas ou entidades que, pelo seu carácter usurpatório, não têm autoridade legítima para se pronunciar a este propósito”, referiu ainda a mensagem, com a assinatura de Juan Guaidó.