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Turquia detém 39 suspeitos de envolvimento em tentativa de golpe de estado

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. FOTO Reuters
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. FOTO Reuters

A justiça turca deteve hoje 39 pessoas devido às suas relações suspeitas com o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, acusado de ter organizado o golpe de estado falhado contra o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em 2016.

A polícia levou a cabo múltiplas operações em simultâneo, em 23 províncias da Turquia, durante as quais deteve 33 militares e seis civis suspeitos de terem ligações com Gülen, exilado nos Estados Unidos.

No total, as autoridades turcas emitiram hoje 71 ordens de detenção, destinadas a funcionários do Estado, militares, comandantes e oficiais do Exército e das Forças Aéreas e Navais.

A polícia continua as operações para deter os restantes suspeitos de ligação com o movimento de Gülen.

As autoridades têm identificado os suspeitos através de testemunhas de antigos membros do círculo próximo do pregador e de conversas telefónicas que levam a crer que existe uma ligação com o clérigo, segundo a agência estatal de notícias turca Anadolu, citada pela AP.

Desde o golpe de estado falhado ocorrido há cerca de dois anos, em que Gülen nega qualquer implicação, sucedem-se as detenções de militares, polícias, agentes de serviços de espionagem, mas também juízes, professores, jornalistas e civis.

Pelo menos 50 mil pessoas encontram-se em prisão preventiva e outras 130,000 foram demitidas das suas funções, acusadas de manter uma relação com os responsáveis do golpe de estado falhado, que fez 250 mortos.