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Insolvências diminuíram na Madeira

Insolvências de empresas subiram até Junho em mais de dois terços dos distritos do país

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As insolvências aumentaram em mais de dois terços dos distritos do país no primeiro semestre, sendo a indústria extractiva e a electricidade, gás e água os sectores mais afectados, segundo dados divulgados hoje pela Iberinform Crédito y Caución.

Até final de Junho, 68% dos 22 distritos do país registaram um aumento no número de insolvências, mantendo-se Lisboa e Porto como os distritos com maior número de casos -- 994 e 806, respectivamente, mais 0,2% e 18,9% em termos homólogos --, seguidos de Braga (283), Aveiro (271), Setúbal (221) e Santarém (128).

As subidas mais notórias no total de insolvências registaram-se nos distritos de Beja (130%), Angra do Heroísmo (100%), Castelo Branco (59,5%), Guarda (51,7%), Vila Real (47,2%), Bragança (37,5%) e Faro (34,1%), sendo que apenas sete distritos viram as insolvências diminuir: Horta (-40%), Viseu (-21,4%), Madeira (-17,3%), Évora (-13,6%), Viana do Castelo (-11,7%), Leiria (-11,6%) e Setúbal (-11,2%).

Em termos sectoriais, apenas dois sectores apresentaram um decréscimo de insolvências -- telecomunicações (-33,3%) e transportes (-11,6%) --, tendo os maiores aumentos ocorrido na indústria extractiva (160%), electricidade, gás, água (25%), agricultura, caça e pesca (13,6%), comércio de veículos (14,8%) e no comércio a retalho (9,4%) e por grosso (10,2%).

Até final de junho, a conclusão de processos cresceu 21,5% face a 2017, enquanto os pedidos de insolvência, requeridos ou apresentados pelas próprias empresas, recuaram 9,4%.

A aprovação de planos de insolvência também diminuiu, de 62 em 2017 para 44 no primeiro semestre deste ano (-29%), somando-se até junho 3.600 acções de insolvência contra 3.391 no mesmo período de 2017 (+6,2%).

No entanto -- nota a Iberinform -- este valor é inferior ao registado em 2016 (-7,4%) e em 2015 (-4,9%).

Considerando apenas o mês de Junho, foram 600 as acções de insolvência registadas, mais 15,2% em termos homólogos, o que faz deste “o segundo mês do ano com maior número de insolvências” (em maio foram 723), devido ao aumento no número de processos concluídos.

No que se refere à constituição de novas empresas, diminuiu 2% em junho, para 3.345, mas acumula um aumento de 11% desde o início do ano, com um total de 24.353 novas empresas constituídas.

Segundo a Iberinform, Lisboa e Porto lideram também nas constituições de empresas, com totais acumulados de 8.396 e 4.338, respectivamente, o que traduz subidas homólogas de 17,4% na capital e de 13,8% no Porto.

“O pódio dos maiores aumentos é liderado, no entanto, pelos distritos de Setúbal (+21,3%) e da Guarda (+18,5%)”, refere, reportando que os maiores decréscimos aconteceram nos distritos da Horta (-31,4%), Portalegre (-26,8%) e Beja (-17,1%).

Até Junho, os sectores com maior peso nas constituições foram os outros serviços (47,4%), hotelaria/restauração (12,1%), construção e obras públicas (9,5%) e comércio a retalho (8,3%).