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Rússia promete “resposta dura” a novas sanções dos Estados Unidos

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A Rússia prometeu hoje uma “resposta dura” às novas sanções dos Estados Unidos contra empresários, empresas e responsáveis russos, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

“Não vamos deixar o ataque atual ou qualquer novo ataque antirrusso sem uma resposta dura”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Segundo Moscovo, as sanções colocam os Estados Unidos na categoria de “inimigos da economia de mercado e da concorrência livre e honesta”, já que “usam métodos administrativos para eliminar concorrentes em mercados estrangeiros”.

“Nenhuma pressão irá desviar a Rússia do caminho que escolheu, apenas demonstrará a incapacidade dos Estados Unidos de alcançar seus objetivos e consolidará a sociedade russa”, disse a diplomacia russa, acrescentando: “Aconselhamos Washington a livrar-se rapidamente da ilusão de que é possível discutir connosco usando a linguagem das sanções”.

Os Estados Unidos anunciaram hoje novas sanções contra 38 pessoas e entidades russas acusadas designadamente de participarem em “atividades malignas” no mundo e promoverem “ataques” da Rússia contra “as democracias ocidentais”.

Sete “oligarcas” apresentados como próximos do Kremlin e de Vladimir Putin e 12 empresas que possuem ou controlam foram incluídas nesta nova lista de medidas punitivas, das mais severas adotadas pela administração de Donald Trump contra Moscovo.

Entre os abrangidos figuram Oleg Deripaska, proprietário do gigante de alumínio Rusal, Igor Rotenberg, Viktor Vekselberg e Kirill Chamalov, importantes responsáveis do setor energético, e Souleïman Kerimov, milionário e senador, anunciaram os responsáveis norte-americanos.

Outros 17 “altos responsáveis governamentais” estão também incluídos, incluindo o dirigente da empresa pública Gazprom, Alexeï Miller, e Andreï Kostine, administrador do VTB, o segundo banco russo igualmente detido pelo Estado.

O ministro do Interior, Vladimir Kolokoltsev, o dirigente da Guarda Nacional Viktor Zolotov e o secretário-geral do Conselho de segurança russo, Nikolaï Patrouchev, estão igualmente incluídos na lista.

“Os Estados Unidos adotam estas medidas em resposta ao conjunto das atitudes escandalosas e das atividades nefastas do Governo russo, que prosseguem através do mundo”, declarou aos ‘media’ um alto responsável da Casa Branca.

Estas medidas incluem “a sua ocupação da Crimeia, o incitamento à violência no leste da Ucrânia, o apoio ao regime de Bashar al-Assad na Síria” e as “ciberatividades malignas”.

“Mas, antes de tudo, é uma resposta aos contínuos ataques da Rússia para subverter as democracias ocidentais”, acrescentaram os mesmos responsáveis, que falaram com os jornalistas na condição de anonimato.