Madeira

Madeira produziu menos electricidade a partir das renováveis

A maior quebra foi na hídrica, que caiu cerca de 19%, diz relatório da Associação Portuguesa de Energias Renováveis

Foto Shutterstock
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A falta de chuva poderá explicar a redução na produção de energia hídrica na Madeira, que perdeu cerca de 19%, entre 2016 e 2017. Foi a maior redução na produção de energias renoveis na Madeira, que no conjunto, no ano passado em relação ao anterior, perdeu perto de 2%, revelou a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). Já em Janeiro deste ano, as renováveis representaram 29% (254 GWh), da produção regional, destacando-se nesta última a eólica que atingiu 10,1%, seguida da hídrica. A tecnologia solar fotovoltaica e os resíduos sólidos urbanos tiveram um peso de 5,4 % e 3,8 %, respectivamente, na produção de electricidade da região.

Comparando com o resto do país, a Madeira ainda está abaixo. As tecnologias fósseis contribuíram com 71% (624 GWh) e as renováveis 29 % (254 GWh). Já no continente, as centrais renováveis representaram 47,7 % do total da produção de electricidade tendo só a eólica gerado 27,6% e assumido novamente o título de tecnologia renovável que mais electricidade gerou neste período, mesmo à frente do global das centrais a gás natural.

Os Açores também se posicionam à frente. A electricidade de origem renovável correspondeu a 36,6 % (281 GWh) da produção, avança o relatório da APREN, que destaca o desempenho da geotermia, que gerou 24 % do total do mix açoriano. Em termos quantitativos, são mais 41 GWh em relação a 2016. “Tal acréscimo da produção eléctrica gerada nas centrais geotérmicas deveu-se, principalmente, à entrada em funcionamento da central geotérmica do Pico Alto, em Agosto, localizada na ilha Terceira. Esta central tem uma potência de 4,5 MW e prevê-se que venha a suprir, só por si, 10 % das necessidades eléctricas da ilha Terceira em 2018”, refere o documento.

E destacar ainda no balanço de Janeiro um ligeiro aumento do consumo de energia em Portugal continental, 0,3 %.