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Pelo menos uma pessoa morreu durante marcha na RD Congo

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Pelo menos uma pessoa morreu hoje depois de as forças de segurança congolesas dispararem em Kinshasa munições reais para dispersar as marchas que foram proibidas na República Democrática do Congo (RD Congo), segundo as Nações Unidas e outras testemunhas.

Uma jovem de 16 anos morreu depois de ser atingida por um tiro de uma metralhadora, que visava a entrada da igreja de são Francisco de Sales, na comuna de Kitambo, em Kinshasa, disse à agência de notícias francesa AFP o médico, ex-ministro e membro da oposição Jean-Baptise Sondji, que afirmou estar no local.

A Missão das Nações Unidas no Congo (MONUSCO) também relatou uma morte nesta paróquia, mas referia um homem.

“Uma metralhadora foi disparada em frente à paróquia, dispararam munições reais e eu protegi-me”, disse Sondji por telefone à AFP.

“Uma jovem que estava na porta do lado esquerdo da igreja foi atingida por uma bala no úmero, que ficou completamente destruído. Ela sangrava muito, tentei colocar um torniquete, tentei massagem cardíaca “, acrescentou.

O médico acredita que a jovem já estava morta quando foi transportada de táxi para o Hospital Kitambo. Os membros da Cruz Vermelha confirmaram a sua morte.

Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, quatro delas gravemente, perto da igreja de São José, numa outra comuna de Kinshasa, disse à AFP uma enfermeira no centro médico de Mgr Léonard.

Além de gás lacrimogéneo, as forças de segurança, fortemente presentes na cidade, usaram munições reais para dispersar essas marchas que ocorreram após a missa, de acordo com dois jornalistas da AFP no terreno.

As marchas foram organizadas por um grupo de católicos contra a continuidade no poder do Presidente congolês, Joseph Kabila, já que o seu segundo mandato terminou oficialmente em dezembro de 2016.

Um clima de tensão também foi relatado nas principais cidades - Kisangani, Lubumbashi, Goma, Beni e Mbuji Mayi -- pelos correspondentes da AFP.

Em dezembro, foram mortas seis pessoas em marchas semelhantes na RD Congo, cinco delas em Kinshasa.