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Liga Árabe convoca reunião de emergência

A decisão de Trump de mudar a sua embaixada de Telavive para Jerusalém já mereceu uma série de críticas internacionais. FOTO Reuters
A decisão de Trump de mudar a sua embaixada de Telavive para Jerusalém já mereceu uma série de críticas internacionais. FOTO Reuters

A Liga Árabe convocou hoje uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da região para discutir a intenção dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

A convocação da reunião foi solicitada pela Jordânia, após um pedido da Palestina, e depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter comunicado a vários líderes árabes a intenção de mudar a sua embaixada de Telavive para Jerusalém.

Trump telefonou na terça-feira ao rei Abdullah II da Jordânia, ao Presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, e ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, para lhes comunicar a decisão, que deverá ser anunciada hoje oficialmente às 13 horas locais (18 horas em Lisboa).

A Liga Árabe manifestou nos últimos duas a sua preocupação com a intenção dos Estados Unidos, considerando que pode “destruir por completo o processo de paz” e representar uma ameaça para a segurança e a estabilidade na Palestina e na região.

Segundo uma fonte diplomática, citada pela agência France-Presse, a reunião da Liga Árabe deverá realizar-se no sábado.

Também o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, convocou para 13 de Dezembro, em Istambul, uma cimeira de dirigentes dos principais países muçulmanos na sequência da decisão dos Estados Unidos em reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

“O nosso Presidente da República convocou uma cimeira extraordinária da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para permitir que os países muçulmanos actuem de forma unificada e coordenada diante desses desenvolvimentos”, disse o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin.

Donald Trump deverá anunciar hoje a decisão de mudar a embaixada, actualmente em Telavive, tornando-se o primeiro país a fazê-lo.

Esta decisão já mereceu uma série de críticas internacionais e vários países, como França, Reino Unido, China ou Portugal, manifestaram receios pelas consequências, nomeadamente uma escalada da violência.