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Governo venezuelano suspende entrega de divisas e atribui falta de liquidez a sanções dos EUA

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O Governo venezuelano suspendeu, na quarta-feira, a entrega de divisas a pessoas e empresas, depois de as operações terem sido autorizadas pelo Executivo, devido a falta de liquidez.

A suspensão, que afeta o leilão realizado a 31 de agosto, no qual participaram particulares e empresas, deixa suspensa a adjudicação de moeda estrangeira e foi anunciada através de um comunicado do Sistema de Administração de Divisas de Tipo de Câmbio Complementar (DICOM).

O Governo venezuelano responsabiliza as sanções norte-americanas pela falta de liquidez, indicando que afetaram a oferta de divisas de 31 de agosto.

Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira e obriga os empresários a recorrerem às autoridades para obterem autorização para aceder a divisas para importações e outros fins.

“É do conhecimento público que o ilegal bloqueio imposto de forma injustificada e soberba pelo Governo dos Estados Unidos ao povo venezuelano, que distorce o sistema cambial, dificulta e impede a atuação das correspondências usadas pelo sistema financeiro nacional, público e privado, para a transferência de divisas”, explica um comunicado do DICOM.

Segundo o documento, o “ilegal bloqueio” norte-americano “gera, entre outras consequências, a impossibilidade de liquidar” a favor de particulares e empresas a quem foram adjudicadas divisas a 31 de agosto.

“O Comité de Leilões de Divisas informa que decidiu anular a oferta (...) no que respeita às adjudicações realizadas (...), assim como no que concerne à oferta de divisas”, explica.

O comunicado conclui informando que continuam “os esforços para ativar o sistema de correspondências em diversas moedas, que permitirão o reinício, em breve, das ofertas do DICOM”.