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Europa deve reforçar relação directa com cidadãos, defende comissário Carlos Moedas

Foto Lusa
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O comissário europeu Carlos Moedas defendeu hoje que a Europa “tem de voltar a estar no palco” com a inclusão de programas no próximo orçamento plurianual que fortaleçam a relação direta com as pessoas.

“Temos de estar mais presentes, temos de dar mais a cara. A Europa tem de voltar a estar no palco e voltar a dizer aquilo que faz”, declarou Carlos Moedas aos jornalistas, em Condeixa-a-Nova, onde visitou a empresa Dominó, que produz pavimentos e revestimentos cerâmicos.

Defendendo que as instâncias da União Europeia devem “contactar as pessoas”, deu o exemplo da sua visita a esta fábrica, que emprega cerca de 200 trabalhadores: “Estamos aqui a mostrar a cara, a dizer isto é a Europa”.

Carlos Moedas percorreu as áreas de produção da empresa, na zona industrial daquele concelho do distrito de Coimbra, considerada um caso de sucesso no relançamento da indústria cerâmica com apoios comunitários.

Há 20 anos, a Europa “lidava diretamente com as pessoas”, mas foi “perdendo essa capacidade”, disse.

“Penso que podemos ter mais programas que constituam essa relação direta entre a Europa e o cidadão”, preconizou o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, reportando-se, a título de exemplo, ao tempo em que ele próprio foi beneficiário do programa Erasmus, enquanto estudante do ensino superior.

Na visita à Dominó, Carlos Moedas foi acompanhado pelo presidente do Conselho de Administração desta pequena e média empresa (PME), João José Xavier, e pelo presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita da Costa.

Esta PME superou o contexto económico e financeiro português do período da recessão, tendo aumentado o seu negócio ao investir na exportação e na modernização da maquinaria.

A empresa chega a produzir 14 mil metros quadrados de revestimentos e pavimentos por dia e exporta 65% da produção para 60 mercados de todos os continentes.