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Costa pede consenso político para medidas a tomar e promete empenho na reparação de danos

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O primeiro-ministro pediu hoje consenso político para a aplicação das recomendações da comissão independente aos fogos de junho e prometeu que, no fim dos incêndios, o Governo assumirá totais responsabilidades na reconstrução do território e reparação de danos.

Numa declaração na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, na sequência dos incêndios que deflagraram no domingo, António Costa avisou que o país não compreenderia que, depois de ter havido consenso em torno da criação da Comissão Técnica Independente, as conclusões desta entidade “caíssem em saco roto” por ausência de consenso político.

“Esperamos que o consenso que presidiu à constituição desta comissão proposta pelo maior partido da oposição [o PSD], a reconhecida competência científica dos seus membros e a unanimidade das suas decisões sejam um terreno fértil para a construção de um consenso alargado em torno das medidas a tomar”, afirmou.

Antes, o líder do executivo salientara que, pela parte do seu Governo, “a principal responsabilidade política é agora concretizar em medidas as conclusões e recomendações da Comissão Técnica Independente” nomeada pelo parlamento.

“Da parte do Governo podem contar com total determinação na assunção de responsabilidades, na reconstrução dos territórios e na reparação de danos, na execução das reformas da floresta e do modelo de prevenção e combate aos incêndios florestais. Mas, este tem de ser o esforço participado e coletivo de toda a sociedade, porque só assim estaremos à altura das exigências que todos partilhamos”, afirmou ainda na sua declaração.

Por várias vezes, o primeiro-ministro frisou a ideia de que, depois dos incêndios deste ano em Portugal, “nada pode ficar como antes”.

Por isso, para além da reforma da floresta, que está em curso no parlamento, António Costa falou também nas reformas dos modelos de prevenção e combate da Proteção Civil a partir das propostas feitas pela Comissão Técnica Independente.

As mudanças, de acordo com António Costa, devem abranger questões como “os meios aéreos e dos sistemas de comunicação, da proteção civil preventiva e da garantia do cumprimento da lei na limpeza e gestão das margens das vias rodoviárias e ferroviárias e da envolvente das populações”.

Na sua declaração, o primeiro-ministro procurou ainda deixar uma garantia: “Apagadas as chamas, a solidariedade desta hora terá continuidade no momento da reconstrução e da reparação dos danos por todos sofridos”, declarou.