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Vice-presidente dos Estados Unidos adia visita a Israel

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O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, adiou a visita a Israel que estava programada para a próxima segunda-feira, disse à EFE o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Emmanuel Najson, acrescentou que os motivos do adiamento estão relacionados com assuntos de política interna norte-americana.

A mesma fonte refere que a visita vai realizar-se “provavelmente” na quarta-feira, dia 20 de dezembro.

Mesmo assim, o jornal Haaretz de Israel assinala que o adiamento está relacionado com a crise provocada pela declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital israelita.

A posição norte-americana provocou um retrocesso no “processo de paz” promovido pelos Estados Unidos.

O presidente palestiniano, Mahmud Abas tinha prevista uma reunião com Pence mas cancelou o encontro e “afastou” os Estados Unidos como mediador do “processo de paz” com Israel.

“Os Estados Unidos escolheram perder a capacidade de mediação e foram desclassificados como participantes no ‘processo de paz’. Mostraram parcialidade”, disse na quarta-feira o dirigente palestiniano na cimeira extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica, em Istambul.

A notícia sobre o adiamento da deslocação do vice-presidente dos Estados Unidos foi inicialmente divulgada pela agência de notícias israelita Walla e logo depois o presidente do parlamento (Kneset), Yuli Edelstein, informava que o discurso previsto para a data da visita (18 de dezembro) está adiado e sem data marcada.

O guardião das chaves da Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém, Adib Jouda al Huseini, onde a tradição cristã situa a sepultura de Jesus Cristo, recusou encontrar-se com o vice-presidente norte-americano devido à mudança de política por parte dos Estados Unidos.

Pence tinha prevista uma viagem ao Médio Oriente este mês com o objetivo de “reafirmar” os compromissos dos Estados Unidos com os países da região, mas, entretanto, foram cancelados encontros com representantes da igreja copta ortodoxa, no Egito, assim como foram canceladas reuniões que tinham sido marcadas com responsáveis por instituições sunitas no Cairo.