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Mais de 100 presumíveis ‘jihadistas’ presos preventivamente em 2017 em Espanha

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O ano de 2017 encerrou em Espanha com 105 presos preventivos por terrorismo ‘jihadista’ e 20 sentenças por este mesmo motivo, com 27 condenados de um total de 34 acusados, segundo a agência europeia para a cooperação judiciária (Eurojust).

O relatório da Eurojust, divulgado pelo Ministério da Justiça espanhol, revela o aumento progressivo das questões ligadas ao terrorismo ‘jihadista’ em Espanha, enquanto desceu, gradualmente, o número de processos em que está envolvido o antigo grupo separatista basco ETA.

De acordo com o balanço, em 2017 a Audiência Nacional emitiu 50 sentenças por terrorismo, embora em apenas cinco casos tenha havido vítimas, sendo que 29 estão relacionados ao ETA; 20 casos de terrorismo ‘jihadista’; e um para “outros” atos de natureza terrorista.

Houve um total de 86 pessoas acusadas nesses julgamentos e 68 foram condenadas, enquanto 18 foram absolvidas.

Dos condenados, 40 estavam ligados ao ETA e 27 ao terrorismo ‘jihadista’, enquanto no ano anterior havia sido de 85 condenados em casos envolvendo terrorismo do ETA e 25 atos terroristas de inspiração ‘jihadista’, bem como um pertencente ao grupo Resistência Galega e outro aos Grupos de Resistência Antifascista Primeiro de Outubro (GRAPO).

Em 2015, a Eurojust recebeu dados de 51 sentenças relacionadas com a antiga organização ETA e apenas três do terrorismo ‘jihadista’.

Também se destaca o número de presos em casos de terrorismo ‘jihadista’, que passou de 74 em 2015 para 104 em 2016.

No ano passado terminou com 105 detidos em prisão preventiva por ‘jihadismo’, consolidando o número de pessoas privadas de liberdade por este crime, segundo o relatório da delegação espanhola da Eurojust.

O relatório da Eurojust de 2017 referiu que foi desmantelado em Espanha um grupo ‘jihadista’ dedicado à divulgação de propaganda do grupo extremista Estado Islâmico, um processo que mostrou, de acordo com a agência, o valor acrescentado que possui a colaboração entre os sistemas judiciais dos países membros.