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Macau encomenda dois estudos sobre futuro da indústria de jogo entre 2020 e 2030

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O Governo de Macau encomendou dois estudos sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras, noticiou hoje o portal GGRAsia.

Segundo o portal especializado em jogo, que cita a Direção dos Serviços de Economia, os dois estudos devem ser concluídos no terceiro trimestre de 2018.

Pelo menos um dos estudos foi comissionado, no passado dia 05, a Davis Fong, membro do Conselho para o Desenvolvimento Económico e diretor do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na Universidade de Macau, além de deputado nomeado pelo chefe do Governo.

Ambos os estudos vão oferecer uma “análise quantitativa da exploração numa escala moderada da indústria do jogo (2020-2030): um vai partir de “aspetos económicos e sociais de Macau”, enquanto o outro de “perspetivas do desenvolvimento saudável e da concorrência regional”, indicaram os Serviços de Economia ao GGRAsia.

Estes estudos surgem numa altura em que permanece uma incógnita em torno do futuro do setor dos casinos de Macau face ao aproximar do termo dos contratos das atuais seis operadoras de jogo que expiram, em diferentes datas, entre 2020 e 2022.

O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições.

“Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (...) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste setor”, disse Lionel Leong, em novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa.

Em maio de 2016, o Governo publicou a chamada “revisão intercalar” da indústria do jogo, uma espécie de radiografia ao principal motor da economia, encomendada ao Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau.

Antes da divulgação do relatório, o primeiro do tipo, gerou-se expetativa, nomeadamente entre analistas, que viesse a oferecer pistas sobre eventuais cenários após o termo dos contratos de exploração de jogo. Contudo, o documento, com 280 páginas na versão em português, pouco ou nada revelou.

À luz da atual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excecional, por um período máximo de cinco anos.

O objetivo dos referidos estudos, encomendados à Universidade de Macau e à Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”, explicaram os Serviços de Economia ao portal GGRAsia.