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Empresas de comunicação social moçambicanas pedem fim de barreiras ao investimento

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A Associação das Empresas Jornalísticas de Moçambique (AEJ) defendeu hoje o fim da imposição legal de 20% ao investimento estrangeiro na comunicação social, considerando que essa limitação impede as firmas do setor de aceder à capitalização.

“Essa limitação não faz nenhum sentido, porque a comunicação social também é um negócio, como a construção civil, agricultura, turismo, indústria mineira e outras, que não estão sujeitas a essa imposição”, disse Fernando Lima à Lusa, presidente da Mediacoop, um grupo de comunicação social e membro da AEJ.

A persistência dessa barreira coloca as empresas de comunicação social num estado de debilidade económica, pois não podem receber a injeção financeira necessária à viabilidade da atividade, prosseguiu.

As empresas jornalísticas também querem que o Estado moçambicano aplique impostos e taxas favoráveis à sua sobrevivência, porque o atual cenário é asfixiante.

“A atividade jornalística não deve ser apenas militância, que vive à base da mendicidade, deve ter um estatuto económico sólido”, declarou.

Fernando Lima assinalou que as empresas do setor devem ser mais fortes e coesas, para defenderem os interesses do setor contra práticas que ameaçam a sua sobrevivência.

“Se falarmos a uma só voz, seremos um interlocutor mais forte na defesa dos interesses das empresas jornalísticas”, declarou Lima.

A AEJ iniciou a sua assembleia-geral para revitalizar a organização e unir-se contra os desafios do setor, disse à Lusa o seu presidente.

Na sessão de hoje, foram aprovadas emendas aos estatutos, devendo o encontro terminar na segunda-feira com a eleição de novos corpos diretivos.