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Autoridades investigam opositores pelo atentado contra Nicolás Maduro

FOTO Reuters
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O presidente da Assembleia Constituinte afirmou na segunda-feira que além dos deputados Juan Requesens e Júlio Borges, as autoridades investigam outros opositores envolvidos no atentado falhado de 4 de Agosto contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

“Não é só Júlio Borges e Juan Requesens, há outros sectores da oposição que estão envolvidos no atentado frustrado contra o Presidente (Nicolás) Maduro”, disse Diosdado Cabello, denunciando ainda a existência de escutas telefónicas que comprovam estas afirmações.

Diosdado Cabello falava aos jornalistas, em Caracas, no âmbito da ‘Marcha Vermelha pela Paz’, convocada por simpatizantes do chavismo, em solidariedade e apoio a Nicolás Maduro.

“Há uma sociedade de cúmplices da direita que é incapaz de determinar até onde chega a linha da violência e a linha da política (...) Já há caras, nomes, confissões e não é verdade que estejam a bater em pessoas para que confessem, afirmou o presidente da Assembleia Constituinte.

Cabello, que é tido como o segundo homem do chavismo, voltou a acusar o ex-Presidente da Colômbia de ter estado envolvido no ataque.

“O ex-presidente (Juan Manuel) Santos tem muito para dizer. Foi numa quinta na Colômbia que treinaram e continuam a treinar grupos paramilitares para atacar o nosso país”, disse.

Diosdado Cabello questionou ainda a posição da União Europeia, que emitiu recentemente um comunicado pedindo uma investigação “exaustiva e transparente” sobre o atentado.

“A União Europeia quase que culpa o Presidente (Nicolás) Maduro, por não se deixar matar”, vincou.

Segundo Diosdado Cabello entre 60 e 70 pessoas teriam morrido se o atentado tivesse tido sucesso.

“É uma irracionalidade acreditar que por esta via haverá paz na Venezuela”, concluiu.

Em 4 de Agosto, duas explosões, que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois drones, obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

Pelo menos 10 pessoas foram detidas, entre elas os alegados pilotos dos drones e outras 15 são procuradas pelas autoridades.