Madeira

PTP apresenta voto de protesto sobre operacionalidade no Porto do Caniçal

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A Representação Parlamentar do PTP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira apresentou, hoje, um voto de protesto “Pela falta de operacionalidade e equidade da descarga de mercadorias no Porto do Caniçal”.

De acordo com o PTP, equipamentos avariados “têm gerado o caos no porto do Caniçal, com atrasos constantes na descarga de mercadorias”.

Os empresários e transitários queixam-se da falta de operacionalidade, relatam que os atrasos são uma constante e que o problema já se arrasta há longos meses.

Dos equipamentos existentes detidos pela sociedade de Operações Portuárias da Madeira (OPM), existe um total de três máquinas de movimentação vertical, mas apenas uma está a funcionar, sendo que das cinco máquinas de movimentação horizontal duas estão avariadas.

Neste momento, a OPM, tem a funcionar apenas uma grua que também já apresenta sinais de desgaste e três empilhadoras, que os trabalhistas consideram “manifestamente insuficiente para o volume de carga existente”.

“A descarga vem sendo feita com as gruas dos próprios navios que torna o processo moroso, sobrecarrega os estivadores e põe em causa os horários dos camiões e a prosseguir assim a rotação dos próprios navios. O congestionamento de camiões à entrada do porto tem sido frequente, tendo as empresas de distribuição e camionagem sido sujeitas a um controlo do fluxo de entradas na infra-estrutura”, acrescenta a nota do PTP.

Poir outra lado, refere que “a autoridade portuária (APRAM) diz já ter actuado, junto da OPM para que correspondam às necessidades de operacionalidade no Porto do Caniçal, no entanto, as máquinas avariadas não foram reparadas e esta semana voltou a avariar mais uma grua, agravando a situação”.

Perante este cenário, o PTP conclui que afiguram-se “semanas complicadas para a operação de descarga com claros prejuízos para os empresários do sector da distribuição e para o povo madeirense em geral”.

À problemática existente acrescem as denúncias dos armadores da “falta de equidade” da empresa de operação portuária, nas operações de carga e descarga de mercadorias, “cujos seus navios são preteridos em favor dos barcos do Grupo Sousa”, conclui o PTP.