Madeira

NÓS, Cidadãos! questiona o Governo Regional sobre o funcionamento do novo Hospital

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O NÓS, Cidadãos! coloca quatro questões ao Governo Regional sobre a construção do novo hospital na Madeira para que “não se cometam os mesmos erros do passado”. Considerando “essencial pensar o projecto do novo Hospital na perspectiva do seu funcionamento e não ficar apenas pelas preocupações e desafios associados à sua construção”, o partido de Filipa Fernandes e Miguel Costa, quer evitar na nova infra-estrutura de saúde “os constrangimentos actuais do Serviço Regional de Saúde, em particular do Hospital Dr. Nélio Mendonça, com carências várias, algumas resultantes do seu subfinanciamento e outras da dificuldade em atrair recursos humanos em determinadas especialidades”, sendo evidente que o futuro novo Hospital (ou Hospital novo, como alguns preferem designá-lo), dada a sua dimensão, “será ainda mais exigente em termos de recursos necessários ao seu funcionamento”.

Assim, no sentido de esclarecer o que está perspectivado e planeado para acautelar o funcionamento adequado do novo Hospital após a sua construção, o Partido NÓS, Cidadãos! desafia o Governo Regional da Madeira a esclarecer os seguintes aspectos:

“1.º- Quanto custará anualmente o funcionamento/atividade do novo Hospital? Qual a diferença face aos custos atuais e como prevê o Governo Regional obter o remanescente para fazer face a essa despesa?

2.º- Além dos atuais 4771 colaboradores do Serviço Regional de Saúde, contabilizados a 31 de dezembro de 2017, entre os quais 422 médicos e 1686 enfermeiros, e tendo em conta que estes recursos humanos não se têm revelado suficientes para as atuais necessidades, o que está a ser perspetivado para colmatar estas carências (privações) no contexto das necessidades resultantes do novo Hospital, em particular para determinadas especialidades médicas, como é o caso da Psiquiatria, Anestesiologia, Ortopedia, Neonatologia e Pediatria, que têm revelado menos profissionais disponíveis a integrar o serviço hospitalar?

3.º- Existindo atualmente carências ao nível da manutenção dos equipamentos disponíveis nos serviços hospitalares, como perspetiva o Governo Regional fazer face às necessidades de manutenção dos equipamentos do novo Hospital, que serão sem dúvida em maior número e tecnologicamente mais avançados?

4.º- Quais as perspetivas das condições proporcionadas pelo novo Hospital conseguirem diminuir substancialmente a lista de espera para consultas (35.285 a 31 de dezembro de 2017) e cirurgias (18.699 a 31 de dezembro de 2017), tendo em conta que as maiores limitações estão associadas à disponibilidade de recursos humanos, e à sua eficaz gestão, e não propriamente às condições físicas atualmente existentes?”, questiona o NÓS, Cidadãos entendendo que a falta de respostas pode significar “a manutenção dos problemas crónicos que hoje afectam o Serviço Regional de Saúde – com profundas repercussões na vida de milhares de cidadãos – mesmo com a construção de um novo Hospital, não traduzindo este enorme investimento, que a Região e o País se preparam para fazer, na melhoria dos cuidados de saúde prestados à população madeirense e portossantense2.