Madeira

Instituto de Florestas abate árvores no Parque Florestal das Queimadas

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O Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) anunciou que irá intervir, ainda este mês, no espaço de lazer do Parque das Queimadas, junto à entrada do percurso pedestre recomendado da Levada do Caldeirão Verde, tendo de abater, como medida de segurança preventiva, três carvalhos (Quercus róbur) de grande porte, que apresentam debilidades na sua componente estrutural.

Segundo o presidente do IFCN, “estes trabalhos, devidamente programados, realizam-se, essencialmente, por questões de segurança, uma vez que por diversas razões, incluindo a presença de doenças irreversíveis, há a forte possibilidade das árvores se desprenderem em condições meteorológicas adversas, ameaçando pessoas e bens”.

“O carvalho mais pequeno, estruturado apenas numa pernada, encontra-se em mau estado, com uma evidente podridão no colo, que avança pela estrutura radicular. Esta lesão afecta a estabilidade da árvore, já em si, inclinada, pelo que os técnicos do IFCN defendem o seu abate”, adianta Manuel Filipe.

O especialista explica que, a meio do espaço de lazer, identificou-se “um outro carvalho com aproximadamente 50 cm de diâmetro, inclinado e com a copa rarefeita, exibindo inserções de ramos nas braças, lascados e em declínio”. “Apesar da componente estrutural não mostrar lesões significativas que fragilizem o exemplar, a inclinação aliada a um declínio visível da copa, que compromete o seu interesse ornamental, recomendam o seu corte, como medida preventiva”, confirma o presidente do IFCN.

No lado Norte, foi identificado um terceiro carvalho, “igualmente estruturado apenas numa pernada, que se apresenta em mau estado, e com uma podridão longitudinal extensa que compromete a estabilidade do exemplar. Além do mais, no estado em que se encontra, a sua copa é escassa, e como árvore ornamental tem a sua função comprometida. Como medida preventiva, os nossos técnicos são da opinião que deve ser abatido”, garante Manuel Filipe, para quem a substituição destas árvores é imperiosa, para que aquele espaço emblemático não perca a sua identidade e continue a oferecer aos visitantes a frescura e resguardo da folhagem na estação quente.

“Isto consegue-se com o recurso a espécies de folha caduca, como carvalhos, liquidâmbares, faias europeias ou outras, cuja dimensão actual consiga acrescentar ao espaço valor cénico”, acrescentou.

Para o presidente do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, “estas iniciativas permitem a valorização dos espaços verdes sob jurisdição do IFCN, já que a sua boa manutenção representa uma mais valia, com enriquecimento dos patrimónios edificado e natural desses mesmos espaços”.