A Horários do Funchal iniciou, desde o dia 18 do corrente mês testes com um autocarro movido exclusivamente a energia eléctrica, o “e.City Gold”. Os testes, que decorrerão até ao dia 30 de Dezembro, há excepção do dia 25 em que o serviço da empresa estará encerrado, têm como objectivo conhecer a possibilidade da empregabilidade futura de autocarros com aquela tecnologia em vários itinerários, sendo, para isso, fundamentais os dados acerca da autonomia e da acessibilidade.

Esta fase de experimentação, que ocorre entre as 8h e as 21h, com interrupções para o carregamento das baterias, também é uma oportunidade para os utentes do serviço de transporte público urbano, e para todos os interessados, satisfazerem a sua curiosidade em relação ao que é viajar em viaturas que não emitem CO2, silenciosas e mais cómodas.

Os testes decorrerão até ao dia 20, na carreira 21; de 21 a 23, na carreira 45; a 24 e 27 na carreira 36; e de 28 a 30, na carreira 2.

O “e.City Gold” é produzido em Portugal pela CaetanoBus em parceria com a Siemens e instituições da Universidade do Porto. Já esteve em testes em várias zonas do país e na Região foi e será testado por três empresas que operam no transporte colectivo de passageiros.

O veículo tem como características particulares, entre outras: a localização das baterias no tejadilho, que permite uma optimização do espaço interior; um sistema de carregamento rápido que possibilita uma carga completa em 40 minutos ou 80% em 25 minutos; um comprimento de 11.995 metros; uma capacidade para transportar 88 passageiros com oferta de 35 lugares sentados; acesso facilitado a cadeira de rodas e com piso rebaixado.

A demonstração do “e.City Gold” na Região desenvolve-se no âmbito do Projecto Civitas Destinations, que é liderado pela Horários do Funchal e faz parte de uma medida coordenada pela AREAM.

A Horários do Funchal foi, em 2006, pioneira na utilização de viaturas movidas a energia eléctrica. Na altura foram adquiridos quatro mini autocarros cuja operação estava limitada ao centro do Funchal. Desde então os motores e a autonomia evoluíram consideravelmente, permitindo que esta tecnologia, já testada, tenha maior e melhor desempenho e que contribua sem dúvida para uma política de mobilidade com ganhos a todos os níveis, quer sociais, ambientais e económicos.