Madeira

Cafôfo anunciou que foi desbloqueada a mobilidade intercategorias dos Sapadores do Funchal

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“É com uma grande satisfação que anuncio que hoje, pela primeira vez, desde 2008, está desbloqueada a mobilidade intercategorias desta corporação”, disse Paulo Cafôfo, na cerimónia dos 130 anos dos Bombeiros Sapadores do Funchal.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) afirmou que “os bombeiros poderão ser finalmente promovidos ao escalão que lhes é devido pela sua experiência, mérito e anos de serviço prestado”. Paulo Cafôfo revelou que o respectivo despacho já foi assinado na passada sexta-feira.

“Esta promoção dos nossos bombeiros é uma conquista que nos dignifica a todos e um regresso definitivo a um paradigma de valorização dos funcionários públicos de que o Estado se demitiu durante uma governação de direita que durou tempo demais”, referiu.

Cafôfo disse que a promoção dos bombeiros “é uma conquista fundamental”, tendo recordado que em 2016 foi dado “um passo ainda mais importante” com a aprovação da passagem dos Bombeiros Municipais a Bombeiros Sapadores, “cumprindo com essa reivindicação histórica, à qual continua a faltar, contudo, o devido enquadramento legal em termos de estatuto, para a integração nessa nova carreira e para o melhoramento das condições profissionais de cada um”.

“O compromisso deste executivo para convosco está à vista de todos, mas nunca teremos a veleidade de considera-lo um objectivo definitivamente cumprido.Em 2016, assegurámos a vossa passagem a Sapadores. Este ano, garantiremos a vossa promoção nas respectivas carreiras. Vocês têm um dever para com o Funchal, mas o Funchal sabe que tem uma dívida para convosco, por isso, lutaremos sempre pelos vossos direitos”, realçou.

O presidente da CMF frisou que 2018 que tem sido “um ano definitivamente especial”, até porque foi concretizada a contratação de 30 novos bombeiros”.

“A contratação destes novos profissionais era um desafio, obrigatório e incontornável, com 17 anos. Nós encaramo-lo e fizemo-lo um desafio de todos nós. E cumprimos o caminho burocrático necessário, dando todos os passos que se exigiam, e que não se dão de um dia para o outro. 17 anos depois, o município voltou a abrir uma recruta, voltou a escolher os melhores e voltou a contratar”, salientou.

Já António Rodeia Machado, vice-presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, disse que falta reconhecer a profissão de bombeiro como “uma profissão de risco que há muito é reclamada pela liga e por outras associações”, sendo este reconhecimento “fundamental para a acção em Portugal”.

Na cerimónia da comemoração dos 130 anos daquela corporação de bombeiros, estiveram ainda presentes outras entidades, como Pedro Ramos, secretário regional da Saúde, em representação do presidente do Governo Regional.