Madeira

Albuquerque diz ser óbvio que Santa Cruz “parou no tempo” e que obras são feitas graças ao Governo Regional

Líder social-democrata criticou ainda o Governo da República e Paulo Cafôfo

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Miguel Albuquerque afirma que o PSD está pronto para “mais um ciclo de combate político”. O líder social-democrata falava esta tarde aos militantes da Camacha e de Santa Cruz. “Até hoje, quem desenvolveu a Madeira fomos nós, quem governou a Madeira fomos nós e quem construiu a Madeira moderna fomos nós”, afirmou Miguel Albuquerque.

“Obviamente que Santa Cruz parou no tempo, como o Funchal parou no tempo. Ainda ontem estive na Ponta do Sol e toda a gente diz que não se faz nada. Não se faz nada? Têm o resultado de não ser o PPD a governar”, assumiu Albuquerque, acrescentando que as mudanças que ocorreram em Santa Cruz foram motivadas por autarcas social-democratas, exemplificando com Savino Correia e Luís Gabriel, que se encontravam presentes na sala.

O líder lembrou que quase todos os compromissos do Governo estão cumpridos. Desde logo, abordou o Plano de Ajustamento Económico-Financeiro, mas referiu ainda que já há ferry, avião cargueiro e helicóptero de combate a incêndios. “Pela primeira vez, os agricultores tiveram um apoio financeiros para os factores de produção”, lembrou.

“Os nossos compromissos em Santa Cruz vão ser ultrapassados”, disse, lembrando que já está em andamento o auditório da escola de Santa Cruz, sendo que também já decorre o concurso para um campo de jogos na Ribeira da Boaventura.

Por outro lado, referiu que “já que a Câmara não faz nada”, o Governo vai fazer a cobertura da escola primária do Caniço. Outras duas importantes obras que vão ser feitas no Caniço será uma zona verde no Garajau, com 15 mil metros quadrados e parque de skate e também uma rotunda para a subida das Figueirinhas. “Se for para estar à espera destes senhores, nada é feito”, afirmou.

Os horários dos Centros de Saúde vão ser reforçados, nomeadamente no Caniço e a Estrada Regional que liga a Camacha e Santo António da Serra será melhorada. O Centro de Saúde da Camacha também será alvo de obras.

Miguel Albuquerque criticou ainda a postura do Governo da República. “O Primeiro-ministro esteve cá a pensar que ia dar um ‘show’ mas saiu-lhe o tiro pela culatra”, disse. O pedido de reunião ao Presidente do Governo no Palácio de São Lourenço mereceu “nega”. Além disso, a negociação de juros da dívida da Madeira também não corresponderam aos expectativas do Governo Regional. Além disso, Albuquerque diz que Costa o quis chantagear, tentando fazer com que aceitasse um limite de 25 milhões para a mobilidade, sendo que a contrapartida seria a descida da taxa para 3,1%. “A Região não pode ser chantageada”, afirmou.

No que diz respeito à mobilidade, Miguel Albuquerque afirmou que, o que se passa com a TAP “é uma vergonha”. “Os madeirenses são tratados como gado e o Estado não intervém para por a administração na ordem”, lamentou.

No que diz respeito aos destinos da Região, disse que há um senhor que diz que vai ser presidente do Governo Regional que “tem uma grande vantagem: não abre a boca”. “A gente não sabe o que ele quer: diz um dia que é a favor do gado, noutro diz que é contra o gado. Um dia é a favor do Savoy, noutro não é. Ele nunca mais abriu a boca e porquê? Porque sabe que quando começar a falar sobre questões regionais ele vai ter que assumir posições”, criticou Albuquerque, numa clara referência a Paulo Cafôfo.